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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Como Identificar um Aluno Disléxico

A Dislexia representa um distúrbio do desenvolvimento da linguagem; portanto não é produto de má alfabetização, desmotivação, baixa inteligência ou condição sócio-econômica desfavorecida, se trata de um evento hereditário, com alterações genéticas e do padrão neurológico.

Quando a criança se atrasa na aprendizagem da leitura e escrita, isto poderá acarretar perdas na prática essencial para construção e fluência do vocabulário, além de ficar cada vez mais para traz na aquisição da capacidade de compreensão e do conhecimento do mundo que a cerca.

Ainda hoje acredita-se que essas deficiências são passageiras e serão logo superadas, contudo isso não passa de um mito; pois as pesquisas revelam que em cada 4 crianças que lêem com dificuldade na 3ª Série, terão problemas no Ensino Médio e Superior.

Nós educadores podemos desempenhar um papel fundamental na identificação de um problema de leitura e comunicá-lo a orientação educacional, para que a mesma encaminhe o aluno à uma avaliação especializada; pois quanto mais cedo se fizer um diagnóstico, mais rápido ele poderá buscar ajuda especializada e evitar a persistência do insucesso escolar e os problemas decorrentes do mesmo, tais como: baixa auto-estima, reprovação, evasão, marginalização...

Para que possamos levantar a hipótese de Dislexia em sala de aula, devemos lembrar que o grau de dificuldade varia muito, assim como os sintomas apresentados e estarmos atentos aos seguintes sinais:

- Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita
- Falta de habilidade para escrever (ritmo lento, trocas, omissões e inversões)
- Leitura lenta, sem pontuação, com hesitação comprometendo a compreensão
- Discurso pouco fluente, com pausas ou hesitações freqüentes
- Muitas vezes é incapaz de encontrar a palavra correta, confundindo as que têm sons semelhantes
- Dificuldade para lembrar o nome dos objetos, substituindo-os por “aquela coisa” ou “aquele negócio”
- Dificuldade para gravar instruções, recados, datas e listas aleatórias
- Dificuldade para memorizar seqüências (alfabeto, meses do ano, tabuadas, números de telefones...)
- Pode realizar cálculo mental, mas confundir-se na hora de registrar a operação no papel
- Pode apresentar dificuldade para compreender problemas
- Dificuldade na aula de Ed. Física
- Desorganização (perde material com freqüência e para executar as atividades)
- Confunde direita e esquerda
- Deficiência em manusear mapas e dicionários
- Desempenho insatisfatório nas avaliações somativas

Estas diferenças não são observadas ao mesmo tempo em todos os disléxicos, elas ocorrem em diversas combinações.

Além desses aspectos podemos observar habilidades tais como:

- Conceituar, raciocinar, imaginar e abstrair
- Capacidade para entender o todo
- Compreender aquilo que se lê para ele
- Excelente desempenho em áreas que não dependem da leitura
- Aprendizagem realizada mais pelo significado do que pela memória imediata
- Desempenho na média ou acima nas avaliações formativas alternativas.


A responsabilidade neste processo é de todos e de cada um de nós!



Dra. Ana Luiza Amaral Sant’Anna Borba – Psicóloga ABD

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