Sejam Bem Vindos!!!

Queridos Amigos estou postando alguns textos, projetos e atividades que vivencio em sala de aula, espero que possa estar contribuindo. Beijos!!!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Exploração de sólidos geométricos

Conteúdo: Espaço e forma
Sólidos geométricos.

Objetivo
- Compreender propriedades básicas dos sólidos geométricos.

- Sólidos geométricos.

Tempo estimado
Cinco aulas.

Ano
1º ao 3º

Material necessário
Caixas de papelão, objetos de tamanhos e formas variados (ou conjuntos de sólidos geométricos).

Flexibilização para deficiência auditiva
Inclua: lixa e geoplano.

Desenvolvimento
1ª etapa
Apresente os sólidos e faça perguntas do tipo: “Quantos lados cada objeto tem?”; “Algum tem lados iguais?”; “Quais podem ser empilhados?”; “Como eles se chamam?”.

Flexibilização para deficiência auditiva
Faça perguntas individuais para identificar a aprendizagem do aluno. Estimule sua leitura orofacial.

2ª etapa
Divida a classe em grupos de quatro crianças. Distribua os objetos e peça que eles sejam separados em duas ou três coleções. Explique que, em cada coleção, os objetos devem ter características em comum. Os alunos devem representar por escrito porque separaram os objetos daquela maneira. Eles podem, por exemplo, eleger para um mesmo grupo todas as formas que rolam (esfera, cilindro ou cone).

3ª etapa
Proponha que a turma examine as coleções de cada grupo e descubra que critério foi escolhido para fazer a separação. Peça que cada grupo revise seu registro e acrescente alguma informação que julgar conveniente para que os demais entendam os critérios de separação. Esses registros devem ser afixados na sala de aula para serem retomados na 5ª etapa.

Flexibilização para deficiência auditiva
Pegue os sólidos, leia pausadamente o registro de frente para ele, questione se está compreendendo.

4ª etapa
Para que os alunos se concentrem nas características dos sólidos (número de faces, vértices etc.), proponha um jogo de adivinhação: escolha um dos objetos e descreva suas características. Os alunos devem justificar seus palpites. Troque a atividade e peça às crianças que deem as características de um objeto escolhido por você, fazendo perguntas como: “Se fossem me dizer como é o paralelepípedo sem mostrá-lo, o que diriam sobre ele?”.

Flexibilização para deficiência auditiva
Faça perguntas com apoio visual. Ao falar de faces, por exemplo, demonstre o que é isso passando os dedos em outro sólido ou desenhando no quadro. Reúna novamente os objetos e as caixas e organize um novo jogo: agora, um dos grupos terá de pegar, no menor tempo possível, o sólido descrito pelo outro. A dificuldade consiste em não poder apontar o objeto.

5ª etapa
Registre num cartaz as perguntas mais importantes que a turma formulou para diferenciar um sólido de outro. Com base nessas diferenças, apresente os nomes de alguns (cubo, paralelepípedo, cilindro, esfera, pirâmide e prisma são os principais) e proponha aos alunos jogar de novo. No fim, peça que retomem os registros anteriores e listem características que podem ser observadas em cada um.

Avaliação
Retome a atividade de adivinhação, agora com informações por escrito (se seus alunos ainda não estiverem alfabetizados, leia para eles). Avalie a evolução de cada criança na caracterização dos diferentes sólidos e do vocabulário específico.

Flexibilização para deficiência auditiva
Nos momentos de avaliação oral, encaminhe ao aluno uma atividade por escrito que pode conter exercícios de pintar, relacionar, ligar, completar, todos voltados aos conteúdos que serão avaliados no grupo.

Reescrevendo histórias

Conteúdo: Produção de Textos
Revisão
Objetivos
- Demonstrar conhecimento de diferentes contos de fadas.
- Produzir e revisar textos.
- Refletir sobre o uso das convenções que normatizam os usos da Língua Portuguesa com relação à ortografia.
- Comunicar-se e expressar-se em de situações de intercâmbio social, elaborando e respondendo perguntas..

Anos
Do 3º ao 5º ano

Tempo necessário
Dez aulas

Material necessário
Giz, lousa, papel sulfite, canetas coloridas, lápis de cor, livros de contos de fadas.
Flexibilização para deficiência intelectual
Acrescente canções, filmes e animações de contos de fadas que facilitem a compreensão da história.

Desenvolvimento
1ª etapa
Faça na lousa ou em um cartaz uma lista, em ordem alfabética, dos contos tradicionais mais conhecidos pela turma. Diariamente, reserve um tempo para ler com a classe as histórias escolhidas.

Flexibilização para deficiência intelectual
Antecipe essa atividade pedindo ao aluno, como lição de casa, que traga uma lista de títulos de contos tradicionais.

2ª etapa
Escolha com o grupo uma das histórias e leve para a classe várias versões dela para ler com as crianças, destacando semelhanças e diferenças com relação ao tipo e à organização do texto, aos personagens que compõem a história, à sequência em que se desenrola a trama, ao tempo em que as histórias se desenvolvem, aos cenários descritos ou representados nas ilustrações. Lembre-se de fazer uma seleção prévia, evitando livros de baixa qualidade (por exemplo,adaptações com cortes demasiados na história).

Flexibilização para deficiência intelectual
Combine com o aluno, antecipadamente, o que será perguntado a ele após a leitura, isso irá nortear sua concentração.

3ª etapa
Discuta com o grupo algumas características e formas de organização dos contos.

Flexibilização para deficiência intelectual
Se ele ainda não faz esse tipo de generalização, peça que mencione características de apenas um dos contos.

4ª etapa
Faça um planejamento da escrita. Assegure-se de que o tipo de texto que será produzido foi trabalhado em sala por meio da discussão sobre a estrutura dos diálogos e da observação de todos os aspectos textuais. Proponha então a produção de novas versões para o conto. Em primeiro lugar, essa produção deverá ser coletiva, com a turma organizada em grupos de no máximo quatro alunos. Para apresentar a atividade, siga um exemplo como este: “Agora, que vocês já ouviram diversas versões sobre a história Os Três Porquinhos, gostaria que vocês escrevessem a própria história, porém mantendo os principais elementos dos textos lidos: os personagens, a sequência da história, os tempos e os cenários”.

5ª etapa
Em roda, faça a revisão dos textos coletivos, destacando os elementos que exigem maior atenção. Nesse momento, estimule a participação dos alunos e fique atento aos questionamentos que surgirem.

6ª etapa
Faça cruzadinhas, jogos de forca ou stop utilizando variações que sistematizem as dificuldades ortográficas encontradas no processo de revisão, como o uso de “x”, “ch”, “ç”, “ss” e “s”. Como opção, faça um bingo de palavras envolvendo as que apresentaram mais erros.

7ª etapa
Crie com a classe uma legenda para a correção dos textos. Abaixo, uma sugestão:
______ : erro de ortografia
( ): erro de vocabulário
+ : erro de pontuação
* : letra maiúscula
** : erro de acentuação
8ª etapa
Escolha outro conto (sempre em conjunto com a turma) e peça que os alunos produzam uma nova versão, dessa vez individualmente. Em seguida, peça que façam a revisão e a correção para
que os textos fiquem prontos para serem publicados no livro da classe.

Flexibilização para deficiência intelectual
Proponha que ele crie um trecho da história – pode ser o início ou o que ele considerar mais marcante na trama.

Produto final
O desfecho da atividade será a produção do livro com as novas versões do conto. Cuide para que o livro seja devidamente identificado com título, relação de autores e uma apresentação, que deixe claro aos leitores que a obra em questão é resultado de um trabalho de produção e revisão de texto, criado sobre uma história já conhecida. Depois de pronto, peça que os alunos divulguem o livro na escola e mantenha sempre uma cópia à disposição para que as outras turmas possam consultá-lo.
Avaliação
Observe se os alunos passam a utilizar em outros contextos de produção escrita os conhecimentos construídos a respeito da ortografia. Observe se argumentam para defender pontos de vista e se colaboram com o grupo.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Aplicação da dinâmica o valor de cada um

Peguei esta dinamica no blog Motiv@ção e @uto-estima e apliquei na sala de o 4º Ano. O objetivo era que a turma fosse dividida em grupos e cada grupo seria responsável em desenhar uma parte do corpo sem que o outro soubesse. No final seria montado o corpo humano. Veja o que aconteceu:









Ao final os alunos perceberam que alguns grupos repetiram partes e esqueceram de outras para que o corpo ficasse completo. Sendo a assim a reflexão ficou em cima daquilo que damos importância e não naquilo que realmente é importante. Uns escolheram porque eram mais fáceis, outros porque não pensou direito no corpo humano como um todo. Mas no final todos entenderam a importância de cada membro do corpo e o comparei a sala de aula que cada um deles é um membro importante e que não pode faltar, pois ficaremos desfalcados. Cadê as pernas e os pés?
Foi muito bom! Beijos.

Uma viagem através dos sentidos

Conteúdo: Ciências Naturais (Os Sistemas)

Introdução
O corpo humano é a mais perfeita máquina já construída e é formado por diversas partes que se relacionam entre si, ou seja, os vários sistemas que formam nosso organismo dependem um do outro para realizarem suas atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo o momento e são responsáveis pela manutenção e o funcionamento perfeito do nosso corpo.

O Corpo Humano, Ed. Ática
O corpo humano vem se transformando e evoluindo para se adaptar aos diversos ambientes que o homem foi conquistando com o passar do tempo.
Os sentidos são a porta de ligação do nosso meio interno com o ambiente. Por meio dos sentidos, o organismo pode perceber as coisas que nos rodeiam e mandar as mensagens necessárias para nossa melhor adaptação, contribuindo assim, com a sobrevivência e a integração do ser humano com o ambiente no qual ele está inserido.

Os sentidos estão ligados a todos os sistemas, então: os convido a fazer uma viagem através dos sentidos.

Esta é a proposta deste projeto que estudará os sistemas do corpo humano com a ajuda dos guias que serão os nossos sentidos.

Objetivos
São muitos os objetivos desejados para este projeto. Cada professor pode priorizar os que mais são necessários explorar na sua turma. Citarei os principais objetivos específicos:

- Aflorar interesse sobre os sistemas do corpo humano.
- Experimentar os diversos sentidos;
- Ampliar a percepção de todo, fazendo os alunos perceberem que os sistemas estão interligados e são interdependentes;
- Vivenciar como os sentidos nos mostram o mundo exterior.

Materiais necessários
- Reportagens, livros e matérias com os sistemas do corpo humano, meia cartolina por aluno, caneta, lápis, canetinhas coloridas, fita dupla-face, dez pedaços de tecido escuro para serem usados como venda para os olhos.
- Kit para teste do paladar: alimentos variados com sabor doce, salgado, azedo e amargo e pazinhas de sorvete. Dê preferência para alimentos pastosos.
- Kit para teste do olfato: álcool, desinfetante, perfume, pasta de dentes, terra molhada e água.
- Kit para teste do tato: metal, madeira, gelo, plástico, vidro, recipiente com água quente.
- Kit para teste da visão: copos de vidro contendo água, álcool, água mais açúcar, água mais sal e água mais suco de limão.

Conteúdos
- Corpo Humano e Saúde
- Os Sistemas

Ano
Todas as séries do ensino fundamental I. Basta fazer adaptações para cada faixa etária.

Tempo estimado
Seis meses

Desenvolvimento das atividades
Primeira etapa O professor deve perguntar aos alunos o que conhecem sobre o corpo humano. Ouça-os e assim que terminarem deixe algumas perguntas no ar e peça que pesquisem em casa com os pais e a ajuda de livros.

Sugestão de perguntas:
- Os olhos e os dedos do pé têm alguma ligação no corpo humano?
- Por que algumas pessoas espirram ao olhar para o sol?
- Para onde vai a comida depois que passa por nossa boca?
- Por que precisamos tomar água?
- Como conseguimos ouvir mais de um som ao mesmo tempo?
- Por que piscamos?
- É verdade que se tomarmos um remédio ruim de nariz tampado, não sentiremos o gosto? - O que é e o que causa o ronco?
- Por que algumas pessoas enjoam em viagens?

Essas e outras perguntas intrigantes levarão os alunos a investigar e constatar que embora nos livros os sistemas do corpo humano sejam estudados em separado, todos estão intimamente ligados no seu funcionamento.

Segunda etapa Os alunos trarão as respostas e deve-se abrir uma discussão para que todas as dúvidas sejam resolvidas.
Peça que os alunos tragam para próxima etapa livros, revistas e tudo que encontrarem sobre os sistemas do corpo humano com bastante figuras, fotos e imagens.

Terceira etapa Com todo material disponível, selecione os melhores. Junte ao material separado por você.
Leve os alunos ao pátio da escola ou algum lugar calmo onde possam se sentar no chão em roda e conte uma história que envolva os sistemas do corpo humano e utilize o material visual para elucidar o que está sendo falado.
Depois finalize falando dos sentidos e como eles nos ligam ao ambiente e levam informações para nossos sistemas.

Quarta etapa Leve para sala de aula o kit paladar. Venda os olhos de alguns alunos voluntários e peça para que identifiquem qual é o alimento. Explore as quatro zonas de sensibilidade da língua.
Questione como os alunos conseguiram perceber o sabor e quais sistemas foram usados nesta identificação.
Explore o máximo de sistemas que puder nesta prática.

Quinta etapa Os alunos que participarem desta atividade devem entrar na sala de olhos vendados. Os líquidos do kit olfato devem ser passados pelo nariz dos alunos mantendo uma pequena distância.
Pergunte: Como você sabe que é o cheiro de álcool, por exemplo?
Explore os conceitos de memória olfativa e sistema nervoso nesta atividade.

Sexta etapa Nesta etapa todos alunos podem participar.

Os copos com os líquidos do kit visão devem estar dispostos lado a lado na mesa do professor, numerados de um a cinco e os alunos devem manter uma distância que não permita sentirem o cheiro das substâncias para não interferir no resultado.
Coloque na lousa em ordem invertida as subtâncias que estão presentes nos copos.
Peça que no caderno os alunos coloquem na ordem certa utilizando apenas o sentido da visão como guia.
Peça cinco voluntários e permita que cheguem perto. Eles devem tentar descobrir o que tem no seu copo apenas usando o olfato.
Caso não consigam peça que provem o sabor, (exceto do álcool).
Converse com a turma sobre a importância da relação que existe entre os sentidos e como um ajuda o outro a identificar o ambiente que vivemos.

Sétima etapa Vende os olhos de seis alunos. Com a ajuda de mais seis colegas peça para que passem um objeto do kit tato no antebraço do amigo que está com os olhos vendados. A maioria não conseguirá acertar o que é.
A última chance será com o objeto colocado nas mãos.
O aluno deve descrever a experiência e dizer o por que com as mãos, sente maior facilidade de identificar os objetos.
Aproveite este momento e reforce a idéia que cada sistema se especializou em realizar uma função, assim como cada órgão ou parte do corpo.

Oitava etapa Agora eles estão craques sobre o corpo humano e conhecem bem todos os sistemas.
Solicite que realizem um depoimento sobre o que aprenderam.
Cada aluno deve receber meia cartolina e escrever o que mais gostou e aprendeu sobre o tema. No final, cada um deve deixar uma pergunta intrigante para o leitor pensar e refletir. Deve assinar a autoria e pendurar seu depoimento em algum ponto da escola.
Para as séries iniciais do fundamental I, a professora pode ajudar e até escrever o depoimento para os alunos, desde que as idéias partam de cada um.

Produto Final
Depoimento dos alunos sobre os sistemas com uma pergunta intrigante ao leitor.

Avaliação
O depoimento será o alvo principal da avaliação, já que retratará todo conhecimento que o aluno adquiriu durante o processo. É importante avaliar a participação e o interesse durante as vivências e como o aprendizado foi sendo efetivado em cada etapa do projeto.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Lixo, tonelada de problemas

Introdução
Residimos na cidade de Primavera do Leste, Município pertencente ao Estado de Mato Groso e localizado no Centro Oeste do Brasil, região sudeste matogrossense e a leste de Cuiabá, tem o clima tropical e a altitude de 636 m, com a area preliminar de 5.664 km2 e a população no ultimo censo de 2009 está estimada pelo IBGE como sendo o total de 46.933 habitantes, uma cidade bonita e aparentemente boa pra se viver, mas com o mesmo problema de outras cidades que é o lixo.
A reciclagem, hoje, enfrenta grandes problemas em sua implantação, devido ao seu alto custo. É chegado o momento de discernir se o custo financeiro é maior do que o custo ambiental e até quando o planeta e a qualidade de vida da população serão prejudicados em benefício de alguns que detém o controle econômico.

Desenvolvimento
De acordo com nossa pesquisa, observamos que não existe qualificação do lixo, mas são coletadas de várias maneiras.
A empresa Prima -Teles que é uma empresa particular emprega e mantém a seu comando cerca de vinte e cinco famílias que sobrevivem das coletas seletivas de lixos recicláveis, e coletam a quantia diária de aproximadamente quatrocentos a quinhentos quilos de materiais por dia.
Algumas famílias que são diaristas, recebem o valor de vinte e cinco reais e outras que fazem as coletas programadas e vendem para a empresa no valor de um real e oitenta centavos o quilo dos produtos conforme classificação. Esta empresa revende o material reciclável para outras empresas que no nosso caso são empresas do Estado de São Paulo, do Estado do Paraná e também uma empresa de Campo Grande no Mato Grosso do Sul que é a METAP, uma empresa recicladora.
A empresa particular existente na nossa cidade é a Reciclado Hazela, essa também faz sua coleta de forma parecida com as primeiras, e com isso existe um montante de mais ou menos trinta famílias que fazem o trabalho de coleta, da mesma forma acontece, algumas famílias são diaristas e outras coletam por conta própria e vendem os produtos por quilo, com o mesmo valor de outra empresa.
Outra empresa que não foi possível identificar o nome, busca os materiais recláveis separados nos mercados e supermercados da cidade, estes por sua vez após separar os meteriais ligam para que um dos representntes da empresa venh pegar todo o material separado. Por sua vez existem algumas empresas de grande porte que separam o lixo e também ligam para que façam a retirada dos materiais do pátio ou galpão, também têm fazendeiros que separam o lixo reciclável nas fazendas e trazem para essa empresa vender. Essa empresa coleta aproximadamente duas toneladas de lixo reciclável por dia, que é vendido exclusivamente para recicladora METAP de Campo Grande Mato Grosso do Sul.
Durante a pesquisa constatamos que a maior parte do lixo de nossa cidade é coletado pela Prefeitura Municipal através da Secretaria de obras. Essa secretaria coleta o lixo orgânico, mas vai junto todo tipo de lixo, reciclável ou não são prensados juntos pelos caminhões e é levado para o aterro sanitário.
Segundo informações obtidas é coletado aproximadamente sessenta toneladas de lixos misturados por dia, e que existem várias famílias particulares que por sua conta e risco trabalham no aterro sanitário para separação do lixo que em média obtem oito toneladas de lixo reciclável por dia e o restante são jogados no aterro, com uma porcentagem de 12% de lixo reciclável e 88% de orgânico e os outros “lixos” são jogados no aterro sanitário, a forma com que chega o restante do material dentro dos caminhões não apresentam a menor condição para fazer o aproveitamento ou de simplesmente ser separado na sua totalidade.
O Prefeito municipal criou uma portaria com o número 180/2008. Portaria essa que criou a Coordenadoria de Meio Ambiente.
Procuramos informações nessa coordenadoria e soubemos que existe uma lei para a coleta, só não são cumpridas, ou seja, sem obrigatoriedade. Essa coordenadoria não participa das coletas e também não opinam sobre a melhor forma de fazer esses trabalhos. Fomos informados que existem vários projetos prontos, mas não os vimos no papel e nem tão pouco em prática, dificil é encontrar alguém para explicar o porquê da distancia que o poder executivo tenta manter do problema que agora é de todos.
O lixo hospitalar fica por parte do gerador, pois é ele o responsável por encaminhá-lo ao destino exato e coerente. As empresas que trabalham no município são CGR, Centro Oeste Ambiental, UTARP e outras, todas do município vizinho Rondonópolis.
A evolução tecnológica atual ainda não propicia um grande aproveitamento do lixo restando sempre um grande resíduo final que precisará ser armazenado até que uma utilidade seja atribuída a ele.
Atualmente não somente em Primavera do Leste, mas em todo Brasil os lixões, a céu aberto, têm sido o local de armazenamento e se mostram altamente ineficientes, sendo o aterro sanitário a solução provisória mais conveniente. Considerações devem ser feitas aos aterros, devido ao seu grau de periculosidade para o solo e as águas, necessitando de estudos rigorosos do tipo de resíduo a ser aterrado e do local destinado para isso.




Conclusão
Portanto, esse é um assunto que não termina aqui, pois nada está resolvido, pelo contrário, temos ciência de que o poder executivo do município deve tomar providências urgentes quanto a coleta executada de forma incorreta, basta observarmos que se algumas famílias conseguem sobreviver da coleta seletiva e do aproveitamento dos materias que são jogados fora. Está fácil resolver parte desse problema, nesse sentido o lixo não deve ser tratado como um problema isolado, pois o mesmo pode causar diversos prejuízos, não só a saúde humana, mas a todo Meio Ambiente. Se somos seres racionais, por que não pensar no nosso futuro e no amanhã de nossos filhos e netos?
O problema é constrangedor e precisa de mobilização da comunidade e das autoridades para agilizar o processo de resgate da qualidade de vida do homem e de seu meio. campanhas que orientam a comunidade, debates nas escolas, fiscalização dos lixões, construções de aterros sanitários, implantação da coleta seletiva em todo o município de Primavera do Leste, são algumas das primeiras atitudes que deveriam ser tomadas pelas autoridades, além do incentivo aos grupos ambientais locais que poderiam ajudar na tarefa de fiscalização e divulgação para a sociedade das campanhas desenvolvidas. se a comunidade e as autoridades locais trabalharem juntas poderão aumentar o padrão de vida da população.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PIPOCAS DA VIDA

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.
Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!
Sem fogo o sofrimento diminui.
Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou:
vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!
E ela aparece como outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.
Deus é o fogo que amacia nosso coração, tirando o que nele há de melhor!
Acredite que para extrairmos o melhor de dentro de nós temos que, assim como a pipoca, passar pelas provas de Deus.
Talvez hoje você não entenda o motivo de estar passando por alguma coisa...
Mas tenha certeza que quanto mais quente o fogo, mas rápido a pipoca estoura.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

De cada 100 cidades brasileiras 15 não possuem creche

Dados do censo escolar do Ministério da Educação revelam que 827 municípios não têm um lugar para as crianças de 0 a 3 anos socializarem e aprenderem.
O Fantástico fala de um drama que afeta milhões de famílias brasileiras: a falta de creches. De norte sul do país, nas cidades e no campo, muitas e muitas mães trabalhadoras vivem preocupadas, porque simplesmente não têm onde deixar seus filhos.

A situação é preocupante. De cada 100 cidades do Brasil, 15 não têm nem uma sala para atender crianças de zero a três anos de idade. São 827 municípios sem um lugar para a criançada socializar e aprender.

Um levantamento exclusivo, com dados do censo escolar do Ministério da Educação, revela: Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Maranhão são os estados com o maior número de cidades sem creche. No Maranhão são 64. “Tem muita criança para ficar sem estudar, sem ir para o colégio. É ruim demais mesmo”, diz uma jovem.

No Rio Grande do Sul, famílias de 133 cidades não têm onde deixar seus filhos pequenos. “O motivo maior é que eu estou mudando, porque não tem creche aqui”, afirma uma mulher.

Em Minas Gerais, são 172 municípios nessa situação. “Tenho que trazer para o serviço porque não tenho onde deixar”, conta uma senhora.

Nesses estados, o Fantástico visitou as três maiores cidades que enfrentam o problema. Em Piranga, a 200 quilômetros de Belo Horizonte, encontramos Clarete, que precisa levar a filha de um ano para o trabalho.

“Quando a minha mãe está viajando, tenho que trazer, porque não tem onde deixar”, explica Clarete. “Estou passando roupa e ela está aqui perto de mim, mas eu fico morrendo de medo de ela se queimar.”

Em nota, a prefeitura de Piranga alega que os recursos são escassos e que prioriza a educação só a partir dos quatro anos.

No Brasil, a creche é a primeira etapa do Ensino Básico antes da pré-escola. Os pais não são obrigados a colocar seus filhos na creche, mas o governo precisa atender os que querem. É direito da criança, está na Constituição.

“Na creche, na escolinha, vai ter outros desafios de habilidades sociais. Ela vai ter que disputar com outras crianças ou mesmo com os adultos que não vão ser iguais à mãe. Do ponto de vista afetivo, ela vai criar outros laços”, aponta Marisol Monteiro Sendini, pediatra e psicanalista do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência da USP.

Márcia e o marido se mudaram de uma cidade maior, Santa Cruz, para a pacata Vela do Sol, no Rio Grande do Sul, em busca de tranquilidade. Trouxeram os dois filhos pequenos, e se depararam com um grave problema. “De não ter uma creche aqui, não ter um lugar onde eu possa confiar para deixar os dois”, diz Márcia.

Ela conta que, na cidade onde morava, o menino frequentava uma creche. “Ele não sabe mais brincar como ele brincava com as outras crianças e ficou dependente de mim”, conta a mãe do menino.

Resultado: depois de pouco mais de um ano, Márcia está de mudança de novo, em busca de uma cidade com creche. “Dá uma tristeza ir embora”, lamenta.

E não é só a família dela que sofre em Vale do Sol. A agricultora Nadir dos Santos, que trabalha na roça, precisa deixar o filho de três anos sozinho com os outros filhos de 10 ou 11 anos. A mais velha tem 13 e nem sempre está em casa.

“Eu penso que eles podem se machucar. Dou graças a Deus a hora em que eu venho para a casa ao meio-dia para ver eles”, diz Nadir. “Se tivesse uma creche, me ajudaria muito.”

O representante da prefeitura, Claudiomir Carnopi, alega que a creche ainda não saiu, porque o projeto foi rejeitado pelo Ministério da Educação. O terreno tinha cinco metros quadrados a menos do que o MEC exige. “Acho que a questão burocrática não pode ficar acima do interesse da comunidade, que é ter uma creche”, opina.

Oferecer creches é obrigação das prefeituras, mas o Ministério da Educação ajuda a financiar. Hoje, de cada 100 crianças de zero a três anos, só 16 estão na creche. O Ministério da Educação pretende subir esse índice para 50% até 2020. Para cumprir essa meta ambiciosa, diz que está reduzindo a burocracia.

“O MEC tem flexibilizado e negociado com as cidades adaptações do modelo original. A situação tem melhorado. A matrícula praticamente dobrou em dez anos nas creches, mas nós temos um longo caminho a percorrer”, reforça Maria do Pilar Lacerda, secretária do Ensino Básico do MEC.

O caminho da equipe do Fantástico também é longo. Cruzamos o Brasil do Sul até o Maranhão. Pegamos a balsa que liga São Luís, a capital do Maranhão, ao interior do estado. O nosso destino é Pinheiro, a cidade com o maior número de habitantes entre as que não têm creche no Maranhão.

Pinheiro tem quase 80 mil moradores - a maioria na área urbana. A única instituição que atende crianças de dois e três anos na cidade é uma filantrópica, mantida pelo padre italiano Luigi Risso, que não tem qualquer ajuda oficial. “Até agora, nossos benfeitores da Itália mandam o dinheiro para mim. Mas não dá nunca para cobrir as despesas”, diz.

As sete escolas criadas por ele só atendem crianças as partir de dois anos de idade. “Sei que ele está em boas mãos, bem cuidado”, diz uma mãe.

Mas, para as mais novas, não há opção. A prefeitura de Pinheiro confirma que não tem creches e prometeu a construção de uma unidade para os próximos meses. Alega que o projeto já está aprovado pelo MEC.

Do Maranhão, descemos mais de três mil quilômetros até São Paulo. O estado mais rico do país tem 15 cidades sem atendimento para as crianças pequenas. É o caso de Barra do Turvo, que fica a pouco mais de 300 quilômetros da capital.

Como não existe creche na cidade, a dona de casa Nádia Batista fez uma espécie de creche improvisada na casa dela. “Elas precisam trabalhar e deixam as crianças aqui comigo”, explica.
Nádia não cobra nada. “

Quem ajuda Sara é o filho mais velho, de 14 anos. “Tem que cuidar do meu irmão”, conta o menino.

O secretário de Planejamento de Barra do Turvo, Calso Silva, diz que esse ano a creche sai. “Já está tudo encaminhado, tem o primeiro parecer favorável”, garante.

O drama se repete Brasil afora. Mesmo em cidades quem têm creche, há milhares de bebês e crianças esperando vaga. Só na cidade de São Paulo, são 100 mil.

A faxineira Rosilene Nascimento mora em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Tem 11 filhos. Elisabete, de 16 anos, cuida dos três irmãos menores de três anos. “Nunca nenhum foi para creche. Nunca consegui vaga para eles”, diz a faxineira.

Acompanhamos Rosilene até a creche em que ela espera vaga para os filhos. Sem saber que estava sendo filmada, a funcionária diz que não tem vaga e dá uma sugestão. “Muitos vão atrás dos políticos: vice-prefeito, vereador. Tem que insistir até uma hora que ele vai encher o saco, vai ficar de saco cheio de você, e te dar a vaga. Pelo menos, sou eu que penso assim”, diz a funcionária.

Por telefone, a prefeitura confirmou que recebe pedidos de vereadores, mas disse que não atende, até porque não há vagas. Em nota, informou que há mil crianças na fila de espera.

Na capital paulista, o mesmo problema. Quando Cauê completou um mês, em agosto de 2010, a faxineira Sandra de Sousa procurou uma creche. “Fui tentar para ver se, quando voltasse a trabalhar no começo do ano, conseguia uma vaga”, lembra Sandra.

Cinco meses depois, nada. Preocupada, porque a vizinha que ajuda a cuidar de Cauã vai se mudar, Sandra voltou à creche. “Fui lá cobrar. Falaram que tem 11 crianças na frente dele. E a previsão para esse ano é que não tem vaga”, relata.

Em nota ao Fantástico, a prefeitura de São Paulo diz que está construindo novas unidades e ampliando parcerias com outras instituições. Afirma também que é uma das poucas cidades que oferecem vaga para filhos de mães que não trabalham.

“Essas crianças pequenas, convivendo com outras pequenas, têm outro tipo de desenvolvimento. Elas conseguem estabelecer relações com outros adultos e com outras crianças, elas têm acesso a outro tipo de brincadeira. Então, a creche se configura como espaço importante para a criança pequena”, explica a especialista em educação infantil Maria Letícia Nascimento, pela USP.

Fonte: Fantástico

O Milho Bom

Esta é a história de um fazendeiro que venceu o prêmio "milho-crescido".
Todo ano ele entrava com seu milho na feira e ganhava o maior prêmio.
Uma vez um repórter de jornal o entrevistou e aprendeu algo interessante sobre como ele cultivava o milho.
O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a semente do milho dele com seus vizinhos.
"Como pode você se dispor a compartilhar sua melhor semente de milho com seus vizinhos quando eles estão competindo com o seu em cada ano ?"
- Perguntou o repórter.
- Como pode ?" Disse o fazendeiro - Você não sabe ?
O vento apanha pólen do milho maduro e o leva através do vento de campo para campo.
Se meu vizinhos cultivam milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade de meu milho.
Se eu for cultivar milho bom, eu tenho que ajudar meu vizinhos a cultivar milho bom".
Ele era atento às conectividades da vida.
O milho dele não pode melhorar a menos que o milho do vizinho também melhore.
Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz.
Aqueles que querem viver bem têm que ajudar os outros para que vivam bem.
E aqueles que querem ser felizes têm que ajudar os outros a achar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.
A lição para cada um de nós se formos cultivar milho bom, nós temos que ajudar nossos vizinhos a cultivar milho bom.

Explorando porcentagens

Conteúdo
Números
Flexibilização para deficência intelectual
Objetivos
- Resolver situações diversas com cálculos percentuais.
- Relacionar as situações e suas estratégias de resolução.


Conteúdo
- Porcentagem.

Anos
6º e 7º.

Tempo estimado
Seis aulas.

Material necessário
Calculadoras e notícias de jornais, propagandas e folhetos comerciais com porcentagens.

Desenvolvimento
1ª etapa
Distribua as notícias, as propagandas e os folhetos aos alunos e peça que, em duplas, eles interpretem o significado dos números acompanhados do sinal %. O que significam? Como foram calculados? Todos deverão expor suas hipóteses e registrá-las.

2ª etapa
Retome as conclusões dos estudantes sobre como obter porcentagens. Em seguida, apresente a seguinte lista de cálculos para que, individualmente, eles os classifiquem em fáceis e difíceis e justifiquem suas decisões.
- 100% de 50
- 12% de 332
- 30% de 1.556
- 150% de 400
- 50% de 30
- 11% de 622
- 43% 1.533
- 6% de 998
- 25% de 44
- 95% de 10
- 69% de 69
- 0,5% de 2.978
- 50% de 50
- 310% de 198

Flexibilização
Converse com o professor da sala de recursos para ver as possibilidades de adaptação.

3ª etapa
Organize uma sessão de cálculo mental com os exercícios anteriores para recuperar as estratégias descritas nas justificativas. Para conferir se as respostas estão certas, os alunos devem usar a calculadora.
Flexibilização
Selecione os exercícios com porcentagens básicas, como 100% e 50% e valores redondos.

4ª etapa
Peça que os alunos registrem os tipos de resolução que surgiram na sessão de cálculo mental e, então, confiram se as propostas poderiam ser mais práticas. A ideia aqui é levar a turma a perceber que toda porcentagem envolve a questão de proporcionalidade entre o todo e uma parte. Sistematize o conteúdo, mostrando os prós e os contras das resoluções.

5ª etapa
Apresente problemas como estes e recomende que a garotada resolva-os considerando a relação de proporção:
- "Uma televisão custava 523 reais em agosto e em setembro seu preço passou para 700 reais. Qual o aumento percentual do preço?"
- "Débora teve um aumento de 100% na mesada, de 32 reais. Porém ela percebeu que o acréscimo não é suficiente para comprar um jogo que custa 104 reais. Qual o aumento percentual que ela precisaria para fazer a compra?"
Flexibilização
Substitua os valores originais por números redondos.

Avaliação
Com propostas semelhantes às da 5ª etapa, analise se a turma desenvolveu a noção de proporcionalidade em questões que envolvem porcentagem e se sabe identificar qual é o inteiro. É fundamental que todos tenham aprendido que ele nem sempre é 100%.
Flexibilização
No caso de estudantes com deficiência intelectual, retome a investigação das relações entre porcentagem e proporção com base em cálculos que envolvam números redondos e percentuais básicos, como 25, 50 e 100.

Transformação de gêneros narrativos

Conteúdo
Produção de textos
Objetivos
- Ler, ouvir e interpretar poemas narrativos.
- Perceber o modo de organização de poemas narrativos.
- Ampliar as possibilidades de produção de textos coerentes.

Conteúdos
- Elementos de organização interna de poemas narrativos.
- Sequência temporal de poemas narrativos.
- Coesão e coerência textual.
- Adaptação de gêneros da esfera literária (poema para teatro).

Anos
7º e 8º.

Tempo estimado
Cinco aulas.

Material necessário
Livros de antologia da literatura brasileira com os textos selecionados para a atividade: O Asno, de Ferreira Gullar, A Serra do Rola-Moça, de Mário de Andrade (1893-1945), Máquina Breve, de Cecília Meireles (1901-1964), e Balada do Amor Através das Idades, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Os textos podem ser encontrados em sites de poesia, como o Jornal de Poesia.

Desenvolvimento
1ª etapa
Inicie com a sondagem do conhecimento prévio dos alunos sobre o gênero narrativo e, em especial, sobre o poema narrativo. Pergunte sobre as características desse tipo de poema. Verifique se eles apontam que é uma história contada em forma de poesia, que existem versos que podem ou não rimar e que personagens são responsáveis pelas ações contadas em uma sequência temporal. Continue com a leitura do poema Máquina Breve, de Cecília Meireles. Depois, leia o poema O Asno, uma fábula de La Fontaine adaptada em versos por Ferreira Gullar. Peça que os alunos comparem os dois para dizer qual deles é um poema narrativo. Os versos de Cecília Meireles constituem um poema não narrativo, pois reproduzem um acontecimento ou um fato isolado, ou seja, não contam propriamente uma história. Quanto à sequência temporal, destaque o momento estático apresentado, em que apenas é permitido ao leitor imaginar o passado e o futuro. No caso da produção de Ferreira Gullar, observe que há uma história sendo contada dentro da estrutura "começo, meio e fim" - que é uma característica própria de poemas essencialmente narrativos. Peça que a moçada identifique momentos encadeados entre si, os quais promovem a coesão e a coerência e obedecem a uma sequência temporal. Solicite a reescrita, em prosa, da obra de Ferreira Gullar, mantendo as características do texto narrativo (história ocorrida no passado - às vezes, bem recente - e contada em por meio das ações de personagens, dentro de um sequenciamento temporal). Depois, peça que alguns estudantes leiam seus textos para a turma. Questione as dificuldades enfrentadas e comente os trabalhos.

2ª etapa
Apresente o poema A Serra do Rola-Moça, de Mário de Andrade, juntamente com uma breve biografia do autor, situando-o na estética do Modernismo brasileiro. Proceda uma segunda leitura em voz alta, dessa vez pedindo que os alunos prestem atenção no desenrolar dos acontecimentos, no suspense criado desde o início. A essa altura, a garotada já pode concluir que se trata de um poema narrativo. Solicite que recontem A Serra do Rola-Moça uns para os outros, ou para a classe, para que percebam diferentes modos eficazes de contar uma mesma história.

3ª etapa
Apresente o poema Balada do Amor Através das Idades, de Carlos Drummond de Andrade. Chame a atenção para o fato de que ele conta cinco histórias: quatro de amores frustrados e uma com final feliz. Esse comentário pode provocar curiosidade ainda maior sobre o objeto de estudo. Sugira novas leituras do poema: silenciosa e individual ou dramatizada, para toda a classe. Esclareça as eventuais dificuldades de vocabulário e as menções a fatos históricos (guerra de Troia, Roma no tempo dos cristãos, a Revolução Francesa, os tempos modernos). Apresente a proposta de adaptação do poema para o teatro, com a criação de diálogos, figurinos e cenários, sugerindo a seleção de apenas um episódio ou uma cena para ser representada. Convém falar um pouco sobre os personagens: o "eu" (que narra) e o "você" (a quem ele se dirige). Essa característica, que deixa clara a percepção de um público, ajudará na criação e no fazer teatral.

4ª etapa
Para a encenação, divida as turmas em cinco grupos, de modo que cada um encene uma das histórias do poema. As tarefas devem ser divididas: alguns criam os diálogos, enquanto outros pensam e preparam os figurinos e o cenário.

5ª etapa
Apresentação para a classe da dramatização. Em seguida, reserve um momento para a autoavaliação.

Avaliação
Faça uma avaliação oral. Numa conversa com a turma, procure abordar desde o entendimento da estrutura do poema narrativo até as características e a criatividade da dramatização. Peça que cada aluno diga o que aprendeu. Assim, todos compartilharão o aprendizado. Ao longo de todo o processo, observe os resultados, anotando as conclusões e refletindo sobre a experiência para subsidiar a elaboração da sua próxima sequência didática.

Os movimentos sociais e a república

Conteúdo
História das relações sociais, da cultura e do trabalho
Objetivos
- Identificar as diferenças entre o projeto de república que se pretendia construir e as demandas sociais.
- Analisar os levantes como uma forma legítima de pressão e compreender que suas definições estão atreladas a interesses de grupos sociais.

Ano
9º.

Tempo estimado
12 a 14 aulas.

Material necessário
Título I da Constituição Federal de 1988.

Flexibilização
Os alunos com deficiência visual participam ativamente do debate. Para que falem sobre escravos e imigrantes, questione a turma sobre a descendência de cada um. As principais informações discutidas são registradas no quadro para que o aluno cego possa fazer anotações em braile. A linha do tempo, assim como a Constituição devem ser entregues ao aluno antecipadamente, para que ele estude o material em casa, antes das aulas. A Constituição está disponível em áudio na internet. As respostas em grupo podem ser feitas em uma aula para que sejam trocadas com os colegas na aula seguinte. O professor da sala de recursos pode ajudar nessa transcrição do texto dos alunos videntes para o braile e vice-versa. Amplie o tempo das atividades caso julgue necessário para que o estudante acompanhe todas as etapas.

Desenvolvimento
1ª etapa
Converse com os estudantes para elaborar um quadro espacial, social e cronológico do Brasil na passagem do século 19 para o 20. Dirija as falas para questões que envolvam o processo de inserção dos ex-escravos na sociedade. Os jovens têm de perceber que não bastava libertá-los: era preciso inseri-los socialmente com trabalho. Outro assunto da conversa deve ser o movimento migratório. Relacione-o com a substituição da mão de obra escrava e o contexto da Europa Ocidental. Explicite também o início do processo de industrialização e urbanização: já em meados do século 19, o assunto sofre influência de ideologias europeias. Tudo isso marcou os movimentos sociais no início da República. Fale sobre a distância (geográfica e social) entre sociedade civil e governo. Discuta de que forma a proclamação da república pode ter alterado o cotidiano da população. Destaque a diferença entre proclamação e construção da república: é nesse contexto que surgem os movimentos a estudar.

2ª etapa
Apresente uma linha do tempo com os movimentos sociais da República Velha (use como referência a linha do tempo da reportagem "As mobilizações sociais no início da República"). Explicite os agentes históricos e os locais. Cuide para que a turma não julgue que as informações já discutidas são as causadoras dos conflitos. Elas são parte do contexto.

3ª etapa
É hora de os alunos, divididos em grupo, realizarem seminários sobre os movimentos. Elabore questões para norteá-los. "Qual a importância da religiosidade na organização da Guerra do Contestado?" e "Como se caracterizava o comportamento das elites econômicas rio-grandenses no episódio da Revolução Federalista?".

4ª etapa
Ainda reunidos, os grupos devem responder por escrito como os movimentos sociais contribuíram para a realização do projeto republicano. Instrua a troca de respostas para que as formulações sejam analisadas. Ajude a eliminar pontos equivocados e destacar dados relevantes. Organize a devolução dos textos e a leitura.

5ª etapa
Reapresente a linha do tempo e discuta a proximidade temporal dos movimentos. Peça que respondam em duplas: "O que era o Brasil no início do século 20? Um novo país republicano ou um conjunto de revoltas que demonstravam descontentamento? Ou ambas as coisas?". Solicite a socialização das respostas a fim de que fique claro o quadro de convulsão social em um país que ainda não se via como tal.

Avaliação
Levando em conta o trecho da Constituição, peça que todos expliquem individualmente, e levando em conta a época e os movimentos, qual o sentido de "união indissolúvel" e o que quer dizer "todo poder emana do povo".

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Educação Infantil: Adaptação - o fim de cinco mitos

Para acabar de vez com velhas crenças sobre os primeiros dias dos pequenos na escola
Crianças chorando e pais ansiosos. Esse é o cenário que se vê todo início de ano nas portas de creches e pré-escolas. O momento é tenso para eles e também para o professor, que, sem a exata compreensão sobre o que se passa com os pequenos, tenta a qualquer custo fazer com que eles se sintam à vontade no novo ambiente.

As últimas semanas do ano ou as primeiras antes do início das aulas são momentos ideais para ajudar a equipe a se preparar para essas situações. Um bom caminho é, nas reuniões de formação, promover discussões para derrubar alguns mitos que rondam o período de adaptação. Confira abaixo cinco ideias que caíram no senso comum e precisam ser discutidas com os professores.
Mito 1
Criança que não compartilha brinquedos não está adaptada

"Você tem de dividir o brinquedo com seu amiguinho." "Isso não é seu, empreste para ele." Frases como essas são comuns em uma sala de Educação Infantil. Para a criança, muitas vezes, elas podem soar como uma ordem, uma obrigação, causando choro e recusa. "Aos olhos dos adultos, a negação da criança em dividir é vista como egoísmo", esclarece Débora Rana. Criar uma situação ameaçadora, aumentando o tom de voz ou sugerindo uma punição caso a criança não divida ou colabore com um colega, não é o caminho.

O que acontece Nos primeiros anos de vida, a criança encontra-se num momento autocentrado do seu desenvolvimento e desconhece as regras de convivência social. A compreensão do sentido e do prazer de compartilhar virá posteriormente, depois de um processo mais amplo de reconhecimento do outro.

Como orientar os professores Nas reuniões de formação, leve referências teóricas sobre as fases de desenvolvimento das crianças e seus comportamentos, como os estudos do educador francês Jean Piaget (1896-1980). O trabalho com estratégias de partilha e colaboração pode ser facilitado se o professor for orientado a montar em sala grupos menores, com duas ou três crianças, e a promover combinados - como o de que a criança pode ficar com um brinquedo por certo tempo, mas que depois deve cedê-lo ao colega. Agir de maneira firme e ao mesmo tempo acolhedora, a fim de mediar os conflitos e não negá-los ou resolvê-los de forma impositiva, é outra dica. Na hora do impasse, o ideal é expor o conflito e descrever para a criança as consequências de querer o objeto só para ela. Além disso, incentivar que elas verbalizem o que estão sentindo e encontrem soluções em conjunto ajuda no processo de mudança de atitude.

Mito 2
Criança adaptada é extrovertida e participativa

Durante uma brincadeira de roda, a turma está toda junta, cantando. Apenas uma criança olha para o teto, cantarola baixinho alguns versos e não interage com as outras. A professora chama a atenção: "Cante mais alto! Você está triste? Por que nunca participa?" Certamente, quem age assim pensa que está incentivando a interação. Contudo, pode ocorrer o efeito contrário. "O mais adequado é se perguntar qual estratégia seria melhor para que a criança responda às atividades", diz Ana Paula Yasbek, coordenadora pedagógica do Espaço da Vila, em São Paulo. Elogiar apenas os alunos mais participativos aprofunda o sentimento de não-pertencimento.

O que acontece Existem as crianças extrovertidas, como também as tímidas. O respeito à personalidade de cada uma é essencial para o processo de adaptação e o direito à timidez precisa ser assegurado.

Como orientar os professores As estratégias para integrar as crianças devem ser procuradas pelo conjunto de educadores - e, certamente, com a ajuda dos pais. Para tanto, uma entrevista do coordenador pedagógico com os familiares sobre as preferências dos filhos é fundamental. Esse material será cruzado, durante a formação, com os registros de classe, relatórios de adaptação e portfólios. O que está sendo proposto atende às necessidades da criança? É possível também fazer visitas à sala ou gravar vídeos para perceber as práticas que funcionam melhor para cada criança e para o grupo.

Mito 3
Na Educação Infantil, todos precisam ser amigos

"Que coisa feia! Dá a mão para o seu colega." Fazer com que as crianças se tornem amigas não é tarefa da escola, mas ensinar a conviver é um conteúdo imprescindível na Educação Infantil. Nem crianças nem adultos são amigos de todas as pessoas que conhecem e não por isso a convivência pessoal ou profissional é inviável. O papel do professor é incentivar e valorizar o que as crianças têm em comum. A escolha sobre com quem elas desejam ter uma relação mais próxima é absolutamente dela.

O que acontece No período de adaptação, primeiro há a criação do vínculo para que o trabalho escolar aconteça. Ele deve estar baseado no respeito entre as crianças e entre elas e os professores. Aos poucos - e naturalmente -, a afetividade vai sendo construída baseada nas afinidades dentro do grupo.

Como orientar os professores Os educadores devem intervir apenas quando a amizade prejudica a participação nas atividades (por exemplo, quando uma criança só quer ficar com alguns colegas e se isola do coletivo). A professora precisa ser orientada a desenvolver um olhar atento sobre as situações ideais para explorar os gostos comuns em favor da aprendizagem. Nos encontros de formação, invista na criação de oportunidades para que os pequenos se apresentem e falem dos seus objetos preferidos e discuta as situações reais que acontecem em sala.

Mito 4
Quando estão integrados ao grupo, os pequenos não choram mais
Basta chegar à escola que as lágrimas aparecem. Se a mãe vai embora, elas aumentam. Na hora de brincar, de comer, de ler, choro. Muitos professores ficam desesperados e tentam distrair a criança mostrando imagens ou arrastando-a para um canto com brinquedos. Um engano, pois essa atitude pode atingir o objetivo imediato - que é acabar com o choro -, mas não resolve o problema.

O que acontece "Essa manifestação é apenas um sintoma do desconforto da criança", afirma Débora Rana. Interpretar esse e outros sinais - como inapetência e doenças constantes - é fundamental durante a adaptação. O que eles significam? Por outro lado, a ausência do choro não quer dizer que a criança está necessariamente se sentindo bem: o silêncio absoluto pode ser um indicador de sofrimento.

Como orientar os professores Uma criança que passa longos períodos chorando necessita de acompanhamento mais próximo. Na falta de auxiliares, ele pode ser feito pelo próprio coordenador até a criança se sentir mais segura. Ajuda também ter um plano para receber bem as crianças na primeira semana de aula. O uso de tintas, água e brincadeiras coletivas variadas é um exemplo de práticas atraentes que ajudam os pequenos a se interessar pelo novo espaço. Fazer com os professores uma orientação programada para que as crianças tragam objetos de casa - como fraldas, panos e brinquedos, que vão sendo retirados paulatinamente - auxilia a reduzir a insegurança.

Mito 5
A presença dos pais nos primeiros dias só atrapalha a adaptação

Na porta da sala, uma dezena de pais se acotovela querendo ver os filhos em atividade. A cena, pesadelo para muitos professores de Educação Infantil, que não sabem se dão atenção às crianças ou aos adultos, é representativa de um elemento essencial para que a adaptação aconteça bem: a boa integração entre a família e a escola, que deve acontecer desde o começo do relacionamento.

O que acontece Nem todo pai ou mãe conhece as fases de desenvolvimento da criança e as estratégias pedagógicas usadas durante a adaptação. Eles têm direito de ser informados e essa troca é fundamental na transição dos pequenos do ambiente doméstico para o escolar. A ansiedade dos pais vai diminuir à medida que a confiança na escola aumenta - e isso só acontece quando há informações precisas sobre a trajetória dos pequenos.

Como ajudar os professores É função do coordenador pedagógico acolher as famílias, fazer entrevistas para conhecer a rotina da criança e explicar o funcionamento e a proposta pedagógica da escola, além de estabelecer um combinado sobre a permanência dos pais na unidade durante a adaptação. Criar juntamente com os professores um guia de orientação para eles com dicas simples - como conversar com a criança sobre a ida à escola, a importância de levá-la até a sala e de chegar cedo para evitar tumulto - pode evitar problemas. Além disso, desenvolver um relatório de distribuição periódica, com informações sobre os progressos na aprendizagem e na socialização das crianças ajuda a aplacar a ansiedade dos pais.

Estimativa de resultados por aproximação

Conteúdo
Operações com Números Naturais

Objetivo
- Resolver problemas que envolvam a elaboração de diferentes estratégias de cálculo aproximado para resolver questões que não precisam de um cálculo exato.

Anos
4º e 5º.

Tempo estimado
Um bimestre.

Material necessário
Lápis e papel.

Desenvolvimento
Geralmente na escola pedem-se respostas exatas para os problemas.

A sequência a seguir vai quebrar essa rotina e exigir um raciocínio baseado em cálculos com números redondos para facilitar e agilizar a operação com números quebrados. Se os alunos de 4º e 5º anos já têm o hábito de utilizar o algoritmo, diga que não é permitido fazer contas convencionais. Por isso, nada de lápis e papel.

Deixe claro para a turma que nas estimativas, dependendo do grau de aproximação a que se chega, várias respostas podem ser válidas e que, no dia a dia, essa estratégia é usada em cálculos aproximados e para antecipar e controlar os resultados de cálculos exatos.

Para turmas do 1º ao 3º ano, substitua os números dos problemas aqui apresentados por outros com dois algarismos, mais simples de trabalhar.

Organize a discussão sobre os procedimentos antes de seguir com a sequência. No debate, a turma perceberá que quem chegou mais próximo do resultado fez operações com as dezenas e não somente com as centenas. Proponha aos alunos responder sem fazer cálculo exato nem mostrar as possíveis resoluções:

a. 235 + 185 é maior ou menor que 500?

b. 567 – 243 é maior ou menor que 300?

c. 418 + 283 é maior ou menor que 600?

d. 639 - 278 é maior ou menor que 400?

Avaliação
Proponha várias situações nas quais os estudantes precisem recorrer às estratégias que foram discutidas no decorrer das atividades, por exemplo: para cada um dos cálculos a seguir, você vai encontrar três opções. Sem fazer a conta, analise cada uma delas e marque a que achar que mais se aproxima da correta.


a. 235 + 185 = ( ) 620 ( ) 320 ( ) 430
b. 567 – 243 = ( ) 464 ( ) 264 ( ) 364
c. 186 + 238 = ( ) 434 ( ) 224 ( ) 324
d. 639 – 278 = ( ) 351 ( ) 461 ( ) 261

A elaboração de argumentos que justificam os resultados não está ligada à sorte (chute), mas ao uso de procedimentos baseados nas propriedades matemáticas. Por isso, solicite aos alunos que digam como pensaram para explicá-las. Faça circular as diversas estratégias, anotando no quadro os principais procedimentos para que todos copiem em seus cadernos e os utilizem em outras situações.

Batalhas Numéricas

Alfabetização

Conteúdo
• Ordenação de números.
• Regularidades do sistema numérico.
Objetivos
• Dominar progressivamente a leitura e a ordem dos números.
• Comparar e ordenar números com diferentes quantidades de algarismos.
Tempo estimado
30 minutos, uma vez por semana.

Organização da sala
Dois, três ou quatro jogadores.

Materiais necessários
Batalha Simples: cartas numeradas em seqüência, com intervalos variados (de 1 a 30, de 100 a 150 ou até com centenas e milhares). Batalha de Composição: cinco jogos de cartas numeradas de 0 a 9 (50 cartas).

Desenvolvimento

• Atividade 1
Comece com a batalha simples. Distribua as cartas e explique as regras: cada um faz um monte com as faces numeradas para baixo. Todos viram ao mesmo tempo a que está por cima e discutem qual é a maior. O vencedor leva as cartas e as junta ao monte. O jogo termina quando apenas um jogador tiver cartas.

• Atividade 2
Depois de várias partidas, escreva numa folha: "Observe as cartas dos participantes de um jogo de batalha: Pedro (21), Giovanna (9). Quem ganhou? Como decidiu?". Entregue uma cópia para cada criança e, depois das respostas, promova um debate.

• Atividade 3
Você pode bolar diversas variações para a atividade anterior, com números que permitam analisar outros critérios de comparação:
2345 e 57 - diferentes quantidades de algarismos (quanto mais algarismos, maior o número).
34 e 74 - igual quantidade de algarismos, mudando apenas o da dezena (o primeiro é que manda).
57 e 53- igual quantidade de algarismos, mudando apenas o da unidade (se o primeiro da dezena é igual, o segundo manda).
67 e 76 - mesmos algarismos e na mesma quantidade, mudando apenas a posição (valor posicional).
121 e 89 - quantidades diferentes de algarismos, sendo que o que tem mais apresenta os de menor valor (relação entre o valor absoluto dos algarismos e a posição ocupada por eles).

• Atividade 4
Quando esse jogo ficar fácil sugira a Batalha de Composição: forme um monte de cartas no centro da mesa deixando as faces numeradas para baixo. Cada jogador vira três e tenta montar o maior número possível. Com os arranjos prontos, o grupo discute qual é o maior. O ganhador leva as cartas. Vence quem finalizar com a maior quantidade delas quando acabarem as da mesa.

Avaliação
Observe se a turma utiliza critérios de comparação válidos para produzir ordenamentos e peça sempre que justifiquem as respostas.

Antecipando resultados

Conteúdo:Operações com números naturais
Objetivos
- Estimar, antecipando resultados aproximados sem calcular a resposta exata.
- Antecipar e controlar o resultado de cálculos.

Anos
4º e 5º.

Tempo estimado
Cinco aulas.

Material necessário
Cartolina.


Flexibilização
Alunos com deficiência intelectual tendem a perceber que o cálculo mental ajuda a resolver problemas do dia a dia. O apoio da calculadora, neste caso, é fundamental, mas a resolução mental de cálculos simples deve ser estimulada. Comece envolvendo números menores - unidades e dezenas -, e aumente, aos poucos, o grau de dificuldade. A multiplicação facilita sempre a decomposição. Por isso, vale ajudar o aluno a transformá-la na base dez. Exemplo:
13 x 11 = 13 x 10 + 13
25 x 12 = 25 x 10 + 25 + 25 ou 25 x 10 + 50

A aproximação de resultados também pode ser feita por meio da adição:
320 + 210 = 300 + 20 + 200 + 10

Elaborar problemas ilustrados, com imagens de situações cotidianas, assim como contextualizar questões com outras disciplinas são ações que ajudam o aluno com deficiência intelectual. Um exemplo está em propor problemas como: "Tenho R$ 200,00 e preciso comprar uniforme escolar. Um casaco custa R$64, uma calça, R$32, um short custa R$24 e uma camiseta custa R$17. O que vou conseguir comprar?". Deixe que o aluno escolha a melhor estratégia para resolver o problema e peça para que todos socializem as respostas. Registros e anotações são importantes para entender o caminho do aluno e saber quais suas dificuldades. Mudar o enunciado e os caminhos de resolução é um desafio importante para os alunos com deficiência intelectual. Peça para que as atividades sejam repetidas no contraturno.

Desenvolvimento
1ª etapa
Proponha que os alunos respondam oralmente e sem fazer a conta armada às seguintes questões. Explique que quem souber a resposta deve levantar a mão e esperar para que todos tenham tempo de resolver:

a) O resultado de 335 + 285 é maior ou menor do que 600?

b) O resultado de 678 - 304 é maior ou menor que 400?

c) O resultado de 767 - 343 é maior ou menor que 400?

d) O resultado de 529 + 353 é maior ou menor que 600?

Peça que expliquem como pensaram cada caso e registre no quadro as diferentes estratégias. Oriente para que copiem no caderno. É esperado que a fala dos estudantes se ancore no conhecimento que têm sobre as regularidades do sistema de numeração decimal. Por exemplo: "Se já sei que 300 + 200 = 500 e que o restante da soma deve ser maior que 100, sei que 335 + 285 é maior que 600". Conte ao grupo que estimar é uma estratégia muito utilizada no dia a dia para saber, por exemplo, quanto se gastará em uma compra sem ter de somar o valor exato de cada produto. Pergunte o que é preciso saber fazer para chegar aos resultados corretamente. Peça que cada um responda à questão por escrito.

2ª etapa
Retome as anotações dos alunos e apresente alguns problemas com valores que facilitem o arredondamento, como: "Ana irá ao supermercado, mas não levará a calculadora. Ela tem 50 reais e quer comprar uma caixa de leite, que custa 27 reais, e um pacote de fraldas, cujo preço é 29 reais. O dinheiro de Ana é suficiente?

3ª etapa
Organize a turma em duplas e proponha que procurem entender o raciocínio desse garoto: "Um estudante do 2º ano queria saber se 240 + 190 era maior ou menor do que 500. Então, ele pensou que o resultado da soma seria, aproximadamente, 240 + 200 = 440, logo 240 + 190 é menor do que 500". Proponha uma discussão coletiva e questione: é uma estratégia válida e eficiente? A resposta está certa? Ofereça a calculadora para um aluno conferir o resultado.

4ª etapa
Apresente outros números propícios para arredondar e peça que todos estimem os resultados. Por exemplo: 201 + 340, 897 - 391 e 1.643 - 789. Sugira que confiram as respostas na calculadora e registrem no caderno as estratégias utilizadas.

5ª etapa
Apresente uma reta numérica (veja o exemplo abaixo) e proponha que o grupo localize nela onde estão os resultados dos seguintes cálculos:

a) 1.784 + 2.549
b) 1.359 + 2.100
c) 1.360 + 898
d) 1.326 - 3.000

6ª etapa
Nesta etapa do trabalho, os alunos já devem ter se apropriado de várias formas de antecipar pautadas no arredondamento e na quantidade de algarismos que o possível resultado possa ter. Convide-os agora a pensar quantos algarismos terão os resultados de: 785 + 909, 751 + 588, 1.009 + 9.001, 6.176 - 2.099 e 440 - 338.

7ª etapa
Peça que encontrem o resultado correto de cada cálculo sem fazer a conta armada:

a) 635 + 385 = ( ) 1.035 ( ) 975 ( ) 1.020

b) 867 - 103 = ( ) 764 ( ) 964 ( ) 860

c) 357 + 708 = ( ) 1.065 ( ) 105 ( ) 1.016

O objetivo é ampliar os recursos construídos nas etapas anteriores para os cálculos aproximados a fim de encontrar resultados exatos. Diga às crianças que justifiquem suas escolhas e expliquem por que descartaram as demais. Discuta se é possível extrair dicas dessa atividade para completar os registros. Evidencie que há algumas ações que os ajudam a ter rapidez e agilidade de cálculo. Por exemplo: frente às respostas do item c), ao ter de somar 7 + 8, pode-se apoiar no conhecimento de que 7 + 7 = 14 e que mais 1 = 15. Elabore um cartaz com a turma destacando as estratégias para decidir com rapidez situações diversas e deixe-o exposto na sala para consulta.

Avaliação
Proponha novos problemas, como: "Tenho 1.550 reais e quero comprar um celular que custa 750 reais e um tênis por 580 reais. Meu dinheiro será suficiente?" Esclareça que os estudantes devem resolver as questões antecipando os resultados, sem calcular, e depois registrar as estratégias. Analise se a turma buscou saídas de antecipação eficientes e discutidas anteriormente.

Estudando a paragrafação de verbetes enciclopédicos

Conteúdo: Paragrafação

Objetivo
Compreender que há critérios para a organização de um texto em parágrafos, mas que eles não são fixos, podendo variar de acordo com o estilo pessoal do produtor e com a intenção comunicativa.

Anos
Do 3º ao 5º ano

Tempo estimado
Uma aula.

Material necessário
Verbetes enciclopédicos sobre animais, papel pardo.

Flexibilização para deficiência visual com baixa visão
Escreva no quadro ou digite e imprima todos os textos a serem utilizados em fonte ampla, com espaços bem definidos ou ainda em contraste – obtenha informações sobre como fazê-lo com a família, o AEE ou ainda com os profissionais que atendem ao aluno. Busque informações sobre outros recursos necessários, como a lupa e o apoio de livros e de textos.

Desenvolvimento
1ª etapa
Selecione dois verbetes para serem utilizados como referências. Transcreva o primeiro no papel pardo. Apresente-o aos alunos e, depois, leia-o com eles, estudando seus sentidos. Por exemplo: GIRAFA
Nome científico: Giraffa camelopardalis.

As girafas podem ser encontradas em todo o território do centro e do sul do continente africano. Gosta de viver nas estepes e savanas, em amplos espaços, onde pode correr velozmente. Para se defender, só pode dar coices, que, apesar de serem mortais se acertarem em alguém ou algum animal, são difíceis de aplicar quando corre. O fato de ter de se agachar para conseguir beber água, faz com que a girafa seja vulnerável e então os seus predadores, os leões, não perdem a oportunidade. Por esse motivo, as girafas vivem em grupos familiares que podem ter até dez elementos e, desses, um dos adultos está sempre alerta enquanto os outros descansam, bebem água ou se alimentam – e eles têm um olfato e visão dignos do seu tamanho! Os longos pescoço e patas das girafas permitem que esses herbívoros comam as folhas das copas das árvores, inacessíveis a outros animais. Uma girafa adulta pode medir 4 metros de comprimento, 6 metros de altura e pesar cerca de 1,2 mil quilos. O macho é significativamente maior e mais robusto que as fêmeas. O tempo de gestação ronda os 420 dias, nascendo uma única cria, que é amamentada pela mãe. Ao resto do grupo, cabe o papel de proteger a cria dos predadores, e as pequenas girafas têm alguns, entre eles o leão e a hiena. Em seguida, solicite que indiquem o tipo de informação apresentada em cada parágrafo. Por exemplo:
- Nome científico do animal.
- Onde vive.
- Estratégias de sobrevivência.
- Alimentação.
- Tamanho e peso.
- Procriação.

2ª etapa
Apresente e discuta com a turma a finalidade dos verbetes enciclopédicos: apresentar com texto e imagens animais, países e objetos, entre outros temas.

Flexibilização para deficiência visual com baixa visão
Oriente o estudante a acompanhar o texto na folha impressa se achar necessário. Fale em voz alta todas as informações e as referências usadas na apresentação escrita.

3ª etapa
Tematize a organização do texto, retomando a finalidade dos verbetes e relacionando os critérios encontrados. Depois, reescreva o mesmo texto, agora com outra organização de parágrafos. Solicite que a garotada analise novamente o tipo de informação que cada parágrafo contém.

4ª etapa
Debata a organização do texto, retomando a finalidade de um verbete encilopédico e relacione os critérios encontrados a essa finalidade.

5ª etapa
Questione os alunos sobre a coerência entre os critérios e a finalidade de cada um deles. Levante a diferença entre os dois modos de paragrafar, salientando que um deles agrupa características segundo um critério que contém mais informações de naturezas
semelhantes, enquanto outro, por exemplo, separa cada um dos tipos de informação sem agrupá-las.

6ª etapa
Constate as diferentes possibilidades de organização de um verbete enciclopédico, desde que respeitada a coerência de critérios. Apresente, agora, o outro verbete, sem paragrafação alguma, e solicite aos estudantes que o leiam e estudem, em duplas.

Flexibilização para deficiência visual com baixa visão
Responsabilize o aluno com baixa visão a ditar para o colega que formar dupla com ele.

7ª etapa
Solicite aos alunos que indiquem no texto, com barras coloridas, onde separariam os parágrafos.

8ª etapa
Transcreva o verbete sem paragrafação no papel pardo e analise os critérios e a coerência.
Avaliação
Solicite a cada dupla que reescreva o verbete, paragrafando-o de acordo com critérios que selecionarem. Analise qual foi a apropriação de cada dupla, programando as retomadas necessárias.

Flexibilização para deficiência visual com baixa visão
Disponibilize mais tempo para o aluno trabalhar, a ponto de prorrogar a entrega caso seja necessário.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sistema de Numeração Decimal

Conteúdo
• Comparação e ordenação de escritas numéricas isoladas.

Objetivo
• Que as crianças reflitam sobre as regras de organização do nosso sistema de numeração, colocando em jogo suas hipóteses, confrontando com a de seus colegas, estabelecendo critérios de comparação de escritas numéricas.

Ano
1º.

Tempo estimado
Um bimestre

Material necessário
Livro de recordes (Guinness, livro de curiosidades etc.), cartaz, prancheta, papel e lápis.

Desenvolvimento
1ª etapa
Circule o material entre as crianças, lendo algumas das curiosidades. Proponha ao grupo a elaboração de um “livro dos mais-mais”. Organize a turma em roda e combine com elas quais informações irá coletar – idade, altura, tamanho do cabelo, peso, número
de filhos, número de sapato etc.

2ª etapa
Proponha ao grupo que descubra qual é a pessoa mais alta da escola. Organize uma pesquisa em que as crianças entrevistem em grupos as pessoas, perguntando sua altura. De volta à sala, cada grupo se reúne e decide qual foi o maior número encontrado. Circule entre os grupos, observando e questionando como fizeram para decidir qual é o maior. No dia seguinte, retome a discussão. Registre no cartaz o número correspondente à maior altura da classe.

3ª etapa
Proponha que as crianças pesquisem em casa se alguém conhece uma pessoa mais alta do que a encontrada na escola. Retome o cartaz e reúna as crianças em grupo para que decidam qual é o maior número entre os coletados. Repita esses procedimentos para cada informação selecionada. As crianças podem fazer entrevistas e, pesquisar na internet ou em livros. As crianças podem trazer novos números maiores do que os já encontrados.

Avaliação
Cada criança pode confeccionar seu próprio livro com base nas informações coletadas pelo grupo. Entregue uma página por dia e peça que copiem as informações dos cartazes e façam uma ilustração. No fim, organize as páginas, o índice e a introdução.
Consultoria: Priscila Monteiro Formadora do projeto Matemática É D+

Revisão de textos

Conteúdo: Pontuação

Objetivos
- Construir um comportamento revisor em relação a seu próprio texto e ao dos outros;
- Perceber que a pontuação é um recurso utilizado pelo autor para orientar o entendimento do leitor;
- Constatar que, na maioria das vezes, há mais de uma possibilidade de pontuação;
- Desenvolver a capacidade de argumentação;
- Desenvolver a atitude de colaboração.
Flexibilização para deficiência intelectual em fase inicial de alfabetização
Reconhecer tipos de pontuação

Anos
3º ao 5º ano.

Tempo estimado
10 aulas

Material necessário
- Lousa e giz (ou papel Kraft e pincel atômico; ou retroprojetor, transparência e caneta hidrográfica)
- Papel e lápis

Desenvolvimento da atividade
1ª etapa
Apresente um texto curto sem nenhuma marcação gráfica (como ponto final, letras maiúsculas e travessão). Piadas são interessantes
desde que os alunos tenham tido contato com esse tipo de texto. Peça aos alunos para que, em trios, marquem as unidades que facilitem a sua leitura com algum sinal. Solicite que reescrevam o texto, utilizando a pontuação que julgarem adequada.

2ª etapa
Socialize as possibilidades apresentadas pelos trios. Discuta essa adequação, o significado e o entendimento dotexto pontuado de diferentes formas. Converse também sobre questões como identificação da pontuação, reconhecimento dos sinais gráficos em exemplo na lousa e valorize a contribuição de todos.

Avaliação
Analise se os alunos utilizam em outros contextos de produção escrita os conhecimentos que construíram a respeito da pontuação.

Flexibilização para deficiência intelectual em fase inicial de alfabetização: Com textos curtos ou frases, verifique a aprendizagem do estudante de acordo com o objetivo estabelecido.
Consultor: Leika Watanabe Pedagoga