Sejam Bem Vindos!!!

Queridos Amigos estou postando alguns textos, projetos e atividades que vivencio em sala de aula, espero que possa estar contribuindo. Beijos!!!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Utilizando Energias Renováveis

ESCOLA MARECHAL CÂNDIDO RONDON É PREMIADA NO CONCURSO ENEL- PLAY ENERGY 2010 – “BUSCAM -SE ECO - IDÉIAS PARA A SUA COMUNIDADE”
Procurando difundir a cultura do cuidado com o  meio ambiente e do consumo inteligente, principalmente entre as jovens gerações, é uma tarefa que a Enel assumiu há anos, consciente da sua responsabilidade social como grande empresa internacional e como líder na produção de energia proveniente de fontes renováveis.
 E é por esse compromisso, e para atingir o objetivo comum de futuro e de progresso, que há 7 anos em 11 países e em diversos continentes, a Enel interage no ambiente escolar nos países em que está presente.
O Brasil participa pela primeira vez em 2010, apenas no Estado de Mato Grosso, com a participação de três municípios no total de cinco escolas, com a apresentação de quinze projetos.
                                                                                                                     1º LUGAR – PRAÇA SUSTENTÁVEL
A Escola Municipal Marechal Cândido Rondon foi selecionada, para desenvolver o projeto do concurso “buscam-se eco - idéias para a sua comunidade”, com alunos dos 5º e 6º anos. A partir desse momento as professoras orientadoras, Gilvanete Pereira de Moraes e Luzineth Costa Oliveira, pesquisaram juntamente com os alunos, sobre as energias renováveis, visitaram a PCH (pequena central hidrelétrica) de Primavera do Leste para compreender seu funcionamento e em seguida buscaram desenvolver projetos que viessem ao encontro das necessidades da comunidade.
                                                                                         2º LUGAR – AQUECEDOR SOLAR DE ÁGUA COM GARRAFAS PETS
Dentre os quinze projetos apresentados em Cuiabá, (Enel- Play Energy) a Escola Marechal Cândido Rondon com os projetos “Praça Sustentável” (professora Gilvanete) e aquecedor solar de água com garrafas pets, (professora Luzineth) este, já aplicado na comunidade, premiados respectivamente em primeiro e segundo lugar. Tendo como prêmios, primeiro lugar, um netebook para as professoras e os cinco alunos participantes além de R$ 5000,00 (cinco mil reais) em benefícios pra a escola. O segundo lugar foi premiado com uma câmera fotográfica com 14,1 mega pixels para a professora, cinco bicicletas para os alunos participantes e R$ 3000,00 (três mil reais ) de benefício para a escola.
A diretora Ieda Agueda Prevedello, da Escola Marechal Cândido Rondon, agradece e parabeniza as professoras, alunos e coordenação pelo esforço, dedicação e sucesso na execução dos projetos, isso demonstra o potencial dos alunos da Escola Marechal, que vem se destacando em todos os aspectos a cada ano.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Construção de Painel Solar Caseiro

Construindo o Aquecedor solar na comunidade (casa de uma aluna)

Para construir um Aquecedor solar  de água para uma família de 4 pessoas precisávamos de 200 garrafas pets e 200 caixas de leite, então os alunos foram de casa em casa no bairro pedir. Conseguiram as duzentas, porém não eram de coca-cola a qual utilizaríamos, fomos então a uma reciclagem trocar as garrafas .....
Depois, tirar o rótulo e lavas todas as garrafas...
         Recortando as caixas de leite...
            ... Assim.
 `         A parte mais cansativa, pintar as placas de caixa de leite com tinta preta ... usando pincel escolar... demorouuuuu.
               Garrafas limpas a caminho da casa da Jenifer.
              Pai e mãe da Jenifer lixando as conexões e ...
                ... Colando.
                 Medindo a garrafa para fazer o corte certo.
               Cortamos duzentas garrafas ... deu até dor no punho.
             Os alunos colocaram as placas dentro de todas as garrafas, deixando prontas pra a montagem do painel solar.
            1ª coluna do painel (teste)
          Cortando as barras de canos em pedaços de 1 metro
          Lixando para que cole bem.
         Depois a Jenifer e o irmão pintavam as barras de cano de preto.
           Agora só falta colar..
          1º painel pronto
          Montagem do painel no telhado da casa.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Fontes Alternativas de Energia

No Brasil a maior quantidade de energia elétrica produzida provém de usinas hidrelétricas (cerca de 95%). Em regiões rurais e mais distantes das hidrelétricas centrais, têm-se utilizado energia produzida em usinas termoelétricas e em pequena escala, a energia elétrica gerada da energia eólica.
Neste artigo vamos dar uma visão geral das fontes alternativas de energia elétrica: hídrica, térmica, nuclear, geotérmica, eólica, marés e fotovoltaica.
ENERGIA HÍDRICA
Nas usinas hidrelétricas, a energia elétrica tem como fonte principal a energia proveniente da queda de água represada a uma certa altura. A energia potencial que a água tem na parte alta da represa é transformada em energia cinética, que faz com que as pás da turbina girem, acionando o eixo do gerador, produzindo energia elétrica.
Utiliza-se a energia hídrica no Brasil em grande escala, devido aos grandes mananciais de água existentes.
Atualmente estão sendo discutidas fontes alternativas para a produção de energia elétrica, pois a falta de chuvas está causando um grande déficit na oferta de energia elétrica. A maior usina hidrelétrica do Brasil é a de Itaipu (Foz de Iguaçu) que tem capacidade de 12600 MW (fig.1).

ENERGIA TÉRMICA
Nas usinas termoelétricas a energia elétrica é obtida pela queima de combustíveis, como carvão, óleo, derivados do petróleo e, atualmente, também a cana de açúcar (biomassa).
A produção de energia elétrica é realizada através da queima do combustível que aquece a água, transformando-a em vapor. Este vapor é conduzido a alta pressão por uma tubulação e faz girar as pás da turbina, cujo eixo está acoplado ao gerador. Em seguida o vapor é resfriado retornando ao estado líquido e a água é reaproveitada, para novamente ser vaporizada.
Vários cuidados precisam ser tomados tais como: os gases provenientes da queima do combustível devem ser filtrados, evitando a poluição da atmosfera local; a água aquecida precisa ser resfriada ao ser devolvida para os rios porque várias espécies aquáticas não resistem a altas temperaturas.
No Brasil este é o segundo tipo de fonte de energia elétrica que está sendo utilizado, e agora, com a crise que estamos vivendo, é a que mais tende a se expandir.
ENERGIA NUCLEAR
Este tipo de energia é obtido a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido, liberando uma grande quantidade de energia.

URÂNIO ENRIQUECIDO - O QUE É ISTO?
Sabemos que o átomo é constituído de um núcleo onde estão situados dois tipos de partículas: os prótons que possuem cargas positivas e os nêutrons que não possuem carga.
Em torno do núcleo, há uma região denominada eletrosfera, onde se encontram os elétrons que têm cargas negativas. Átomos do mesmo elemento químico, que possuem o mesmo número de prótons e diferentes número de nêutrons são chamados isótopos. O urânio possui dois isótopos: 235U e 238U. O 235U é o único capaz de sofrer fissão. Na natureza só é possível encontrar 0,7 % deste tipo de isótropo. Para ser usado como combustível em uma usina, é necessário enriquecer o urânio natural. Um dos métodos é “filtrar” o urânio através de membranas muito finas. O 235U é mais leve e atravessa a membrana primeiro do que o 238U. Esta operação tem que ser repetida várias vezes e é um processo muito caro e complexo. Poucos países possuem esta tecnologia para escala industrial.
O urânio é colocado em cilindros metálicos no núcleo do reator que é constituído de um material moderador (geralmente grafite) para diminuir a velocidade dos nêutrons emitidos pelo urânio em desintegração, permitindo as reações em cadeia. O resfriamento do reator do núcleo é realizado através de líquido ou gás que circula através de tubos, pelo seu interior. Este calor retirado é transferido para uma segunda tubulação onde circula água. Por aquecimento esta água se transforma em vapor (a temperatura chega a 320oC) que vai movimentar as pás das turbinas que movimentarão o gerador, produzindo eletricidade (fig. 2).
Depois este vapor é liquefeito e reconduzido para a tubulação, onde é novamente aquecido e vaporizado.
No Brasil, está funcionado a Usina Nuclear Angra 2 sendo que a produção de energia elétrica é em pequena quantidade que não dá para abastecer toda a cidade do Rio de Janeiro.
No âmbito governamental está em discussão a construção da Usina Nuclear Angra 3 por causa do déficit de energia no país.
Os Estados Unidos da América lideram a produção de energia nuclear e nos países França, Suécia, Finlândia e Bélgica 50 % da energia elétrica consumida, provém de usinas nucleares.

ENERGIA GEOTÉRMICA
Energia geotérmica é a energia produzida de rochas derretidas no subsolo (magma) que aquecem a água no subsolo.
Na Islândia, que é um país localizado muito ao Norte, próximo do Círculo Polar Ártico, com vulcanismo intenso, onde a água quente e o vapor afloram à superfície (gêiseres- fig. 3) ou se encontram em pequena profundidade, tem uma grande quantidade de energia geotérmica aproveitável e a energia elétrica é gerada a partir desta.
As usinas elétricas aproveitam esta energia para produzir água quente e vapor. O vapor aciona as turbinas que geram quase 3 000 000 joules de energia elétrica por segundo e a água quente percorre tubulações até chegar às casas.
Nos Estados Unidos da América há usinas deste tipo na Califórnia e em Nevada. Em El Salvador, 30% da energia elétrica consumida provém da energia geotérmica.

ENERGIA EÓLICA
Os moinhos de ventos são velhos conhecidos nossos, e usam a energia dos ventos, isto é, eólica, não para gerar eletricidade, mas para realizar trabalho, como bombear água e moer grãos. Na Pérsia, no século V, já eram utilizados moinhos de vento para bombear água para irrigação.
A energia eólica é produzida pela transformação da energia cinética dos ventos em energia elétrica. A conversão de energia é realizada através de um aerogerador que consiste num gerador elétrico acoplado a um eixo que gira através da incidência do vento nas pás da turbina.
A turbina eólica horizontal (a vertical não é mais usada), é formada essencialmente por um conjunto de duas ou três pás, com perfis aerodinâmicos eficientes, impulsionadas por forças predominantemente de sustentação, acionando geradores que operam a velocidade variável, para garantir uma alta eficiência de conversão (fig.4).
A instalação de turbinas eólicas tem interesse em locais em que a velocidade média anual dos ventos seja superior a 3,6 m/s.
Existem atualmente, mais de 20 000 turbinas eólicas de grande porte em operação no mundo (principalmente no Estados Unidos). Na Europa, espera-se gerar 10 % da energia elétrica a partir da eólica, até o ano de 2030.
O Brasil produz e exporta equipamentos para usinas eólicas, mas elas ainda são pouco usadas. Aqui se destacam as Usinas do Camelinho (1MW, em MG), de Mucuripe (1,2MW) e da Prainha (10MW) no Ceará, e a de Fernando de Noronha em Pernambuco.
Energia das marés A energia das marés é obtida de modo semelhante ao da energia hidrelétrica.
Constrói-se uma barragem, formando-se um reservatório junto ao mar. Quando a maré é alta, a água enche o reservatório, passando através da turbina e produzindo energia elétrica, e na maré baixa o reservatório é esvaziado e água que sai do reservatório, passa novamente através da turbina, em sentido contrário, produzindo energia elétrica (fig. 5). Este tipo de fonte é também usado no Japão e Inglaterra.
No Brasil temos grande amplitude de marés, por exemplo, em São Luís, na Baia de São Marcos (6,8m), mas a topografia do litoral inviabiliza economicamente a construção de reservatórios.

ENERGIA FOTOVOLTAICA
A energia fotovoltaica é fornecida de painéis contendo células fotovoltaicas ou solares que sob a incidência do sol geram energia elétrica. A energia gerada pelos painéis é armazenada em bancos de bateria, para que seja usada em período de baixa radiação e durante a noite (fig. 6).
A conversão direta de energia solar em energia elétrica é realizada nas células solares através do efeito fotovoltaico, que consiste na geração de uma diferença de potencial elétrico através da radiação. O efeito fotovoltaico ocorre quando fótons (energia que o sol carrega) incidem sobre átomos (no caso átomos de silício), provocando a emissão de elétrons, gerando corrente elétrica. Este processo não depende da quantidade de calor, pelo contrário, o rendimento da célula solar cai quando sua temperatura aumenta.
O uso de painéis fotovoltaicos para conversão de energia solar em elétrica é viável para pequenas instalações, em regiões remotas ou de difícil acesso. É muito utilizada para a alimentação de dispositivos eletrônicos existentes em foguetes, satélites e astronaves.
O sistema de co-geração fotovoltaica também é uma solução; uma fonte de energia fotovoltaica é conectada em paralelo com uma fonte local de eletricidade. Este sistema de co-geração voltaica está sendo implantado na Holanda em um complexo residencial de 5000 casas, sendo de 1 MW a capacidade de geração de energia fotovoltaica. Os Estados Unidos, Japão e Alemanha têm indicativos em promover a utilização de energia fotovoltaica em centros urbanos. Na Cidade Universitária - USP - São Paulo, há um prédio que utiliza este tipo de fonte de energia elétrica.
No Brasil já é usado, em uma escala significativa, o coletor solar que utiliza a energia solar para aquecer a água e não para gerar energia elétrica.
Fonte: fisica.cdcc.sc.usp.br

FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA
uma meta para o futuro
Na maioria dos países do mundo, o modelo energético, é baseado no consumo de combustíveis fósseis, ou seja, petróleo, gás natural e carvão.
O principal problema deste modelo, é que os recursos não são renováveis, além de ocasionarem muitos danos ao meio ambiente, como a poluição atmosférica, causadora do efeito estufa.
A dependência de consumo de combustíveis fósseis para a produção de energia certamente afeta a vida na terra e compromete a qualidade ambiental, e continuará sendo desse jeito. Sendo assim, é necessário que o trabalho científico e tecnológico do mundo atual sejam dirigidos para produzir outros tipos de energia (que sejam menos poluidoras e que causem menos impactos ambientais, diferente do petróleo), as chamadas energias alternativas.
No Brasil (diferentemente da maioria dos países), a produção de energia é feita principalmente através de hidrelétricas, ou seja, de energia hidráulica pois o país dispõe de grandes bacias hidrográficas. A energia produzida através de hidrelétricas é considerada limpa e renovável, ao contrário daquelas derivadas dos combustíveis de petróleo.
Sabendo do que foi falado nos parágrafos acima, Quais são os diferentes tipos de energia? Como funcionam? Qual é a próxima fonte de energia quando se acabar o petróleo? Qual é a grande luta para existirem as energias alternativas?
A energia alternativa (ao petróleo) é uma forma de produzir energia elétrica, causando menos problemas à sociedade atual, ao meio ambiente e, menos poluição. Os principais tipos de energia alternativa que existem, são:
Energia Solar: Abundante, mas cara
A energia solar, é uma energia abundante, porém, é muito difícil de usá-la diretamente. Ela é limpa e renovável, e existem três maneiras de fazer o seu uso:
Células fotovoltáicas, que são consideradas as que mais prometem da energia solar. A luz solar é diretamente transformada em energia, através de placas que viram baterias.
Os captadores planos, ou, coletores térmicos, que, num lugar fechado, aquecem a água, que com pressão do vapor, movem turbinas ligadas aos geradores.
Também chamados de captadores de energia, os espelhos côncavos refletores, mantém a energia do sol que aquecem a água com mais de 100° C em tubos, que com a pressão, movimentam turbinas ligadas ao gerador. O único e pequeno problema dos espelhos côncavos, é que eles têm que acompanha diretamente os raios do sol, para fazer um aproveitamento melhor.
Como à noite e em dias chuvosos não tem sol, a desvantagem da energia solar, é que nesses casos ela não pode ser aproveitada, por isso que é melhor produzir energia solar em lugares secos e ensolarados.
Um exemplo do aproveitamento dessa energia, é em Freiburg, no sudeste da Alemanha. A chamada “cidade do sol”, lá existe o bairro que foi o primeiro a possuir casas abastecidas com energia solar. As casas são construídas com um isolamento térmico para a energia ser “guardada” dentro. Quando as casas são abastecidas com mais energia do que necessário, os donos vendem o restante de energia para companhias de eletricidade da região.
Na cidade , há casas que giram de acordo com o movimento do sol. A igreja e o estádio de futebol, são abastecidos com energia solar. Com o uso de energia solar, a cidade já deixou de usar mais de 200 toneladas de gás carbônico por ano.
Energia Eólica: limpa, mas demorada
É a energia mais limpa que existe. A chamada energia eólica, que também pode ser denominada de energia dos ventos, é uma energia de fonte renovável e limpa, porque não se acaba (é possível utilizá-la mais que uma vez), e porque não polui nada. O vento (fonte da energia eólica), faz girar hélices que movimentam turbinas, que produzem energia. O único lado ruim que a energia eólica possui é que como depende do vento, que é um fenômeno natural, ele faz interrupções temporárias, a maioria dos lugares não tem vento o tempo todo, e não é toda hora que se produz energia. O outro lado ruim, é que o vento não é tão forte como outras fontes, fazendo o processo de produção ficar mais lento.
Não são muitos os lugares que existem condições favoráveis ao aproveitamento da energia eólica, ou seja, não é todo lugar que apresentam ventos constantes e intensos. Os lugares que tem as melhores condições para atividade, são: norte da Europa, norte da África e a costa oeste dos Estados Unidos.
Na maioria dos casos essa forma de energia é usada para complementar as usinas hidroelétricas e termoelétricas.
Um exemplo para mostrar como a energia dos ventos é econômica, é que no Estado da Califórnia, que com o aproveitamento dessa energia, economizou mais de 10 milhões de barris de petróleo.
Energia Nuclear, eficaz, mas perigosa
A energia Nuclear, que pode também ser chamada de energia atômica, é a energia que fica dentro do núcleo do átomo, que pode acontecer pela ruptura ou pela fissão do átomo.
Como a energia atômica não emite gases ela é considerada uma energia limpa, mas tem um lado ruim, gera lixo atômico, ou resíduos radioativos que são muitos perigosos aos seres humanos pois causam mortes e doenças.
Por isso, quando produzem a energia nuclear, é preciso um desenvolvimento muito seguro, que isolem o material radioativo durante um bom tempo.
Nas usinas atômicas, que também podem ser chamadas de termonucleares, em vez de ser usada a queima de combustíveis, a energia nuclear gera um vapor, que sob pressão, faz girar turbinas que acionam geradores elétricos.
A energia atômica é usada em muitos países e veja a porcentagem de cada um: EUA, 30,7%; França, 15,5%;Japão, 12,5%; Alemanha, 6,7%; Federação Russa, 4,8%. No Brasil, apesar de usar muito a energia Hidráulica, a energia nuclear também tem uma pequena porcentagem de 2,6%.
Energia da Biomassa: uma energia vegetal
Para produzir a energia da biomassa, é preciso um grande percurso. Um exemplo da biomassa, é a lenha que se queima nas lareiras. Mas hoje, quando se fala em energia biomassa, quer dizer que estão falando de etanol, biogás, e biodiesel, esses combustíveis, que tem uma queima tão fácil, como a gasolina e outros derivados do petróleo, mas a energia da biomassa, é derivada de plantas cultivadas, portanto, são mais ecológicas.
Para ter uma idéia de como a energia da biomassa é eficiente, o etanol, extraído do milho, é usado junto com a gasolina nos Estados Unidos; e também, é produzido da cana de açúcar, o etanol responde metade dos combustíveis de carro produzido no Brasil. Em vários países, mas principalmente nos Estados Unidos, o biodiesel de origem vegetal é usado junto ou puro ao óleo diesel comum. Segundo o diretor do centro nacional de bioenergia: “Os biocombustíveis são a opção mais fácil de ampliar-se o atual leque de combustíveis”
O único problema da biomassa é que por conta da fotossíntese (o processo pela qual as plantas captam energia solar) é bem menos eficiente por metro quadrado do que os painéis solares, por causa desse problema, é que para ter uma boa quantidade de captação de energia por meio de plantas, é preciso uma quantidade de terra bem mais extensa. Estima-se de que para movimentar todos os meios de transportes do planeta só usando biocombustíveis, as terras usadas para agricultura teriam que ser duas vezes maiores do que já são.
Para ser mais eficaz, deixando mais rápidas as colheitas, e deixando ser mais captadores de energia, cientistas estão fazendo pesquisas. Atualmente, os combustíveis extraídos da biomassa são vegetais, como o amido, o açúcar, e óleos, mas alguns cientistas, estão tentando deixar esses combustíveis líquidos. Outros estão visando safras que gerem melhores combustíveis.
E esse é o grande problema da energia da biomassa, mas para Michel Pacheco, “Estamos diante de muitas opções, e cada uma tem por trás um grupo de interesse. Para ser bastante sincero, um dos maiores problemas com a biomassa é o fato de existirem tantas alternativas“
Energia Hidráulica
A energia hidráulica pode ser considerada alternativa em relação aos combustíveis fósseis, porem no Brasil ela é utilizada rotineiramente.
Nas usinas hidrelétricas, a pressão das águas movimentam turbinas que estão ligadas aos geradores de corrente elétrica. Na maioria das vezes são construídas barragens, que servem para represar os rios. Com muita pressão, a água acumulada é liberada, e as turbinas giram.
A energia hidráulica, tem muitas vantagens, porque é uma fonte limpa, não causa grandes impactos ambientais globais, é renovável e é muito barata comparada com as outras fontes.
Também existem as desvantagens, que são: inundação de áreas habitadas causando deslocamentos de populações e destruição da flora e fauna.
De toda energia gerada no mundo, cerca de 15% é de energia hidráulica, e só no Brasil, essa quantidade, é de 90%.
Energia Geotérmica
A energia geotérmica é gerada pelo calor das rochas do subsolo. No subsolo as águas dos lençóis freáticos são aquecidas, e então, são utilizadas para a produção energia.
A extração dessa energia só é possível acontecer em poucos lugares. Alem disso, é muito caro perfurar a terra para chegar nas rochas aquecidas.
O fato de que só existir essa energia perto de vulcões, muito poucos países geram essa energia, e esses paises são: Nicarágua, Quênia, El salvador, México, Chile, Japão, e França. Sendo assim o uso deste tipo de energia é de difícil utilização na grande maioria dos países.
Energia térmica dos oceanos
Graças à diferença de temperatura das águas profundas e águas que ficam na superfície, a água marinha pode ser usada para fazer um armazenamento de energia solar, e geradora de energia elétrica.
Em usinas que fazem esse “sistema”, a diferença de temperatura faz um movimento em tubos circulares. Isso ocorre em lugares fechados, conectados a turbinas que estão ligadas em geradores, produzindo energia elétrica. Uma vantagem dessa energia é que elas são renováveis, e uma desvantagem é que o custo é muito alto.
O primeiro lugar que fizeram o uso desse tipo de energia, foi nos Estados Unidos em 1979, e estão produzindo energia, até hoje.
Pesquisas revelam através de estimativas, que de toda a energia gerada no planeta, 80% são de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural. Nos próximos 100 anos, uma coisa que é muito provável, é que com o aumento da população, paralelamente, aumentará o uso de combustíveis fósseis. E uma coisa que não é nada provável, é que essa grande população (que na época estará maior) faça o uso de energia alternativa. Para o professor de engenharia, Martin Hoffer, o esforço de fazer as pessoas deixarem de usar o petróleo, e começarem a usar energia alternativa, é maior do que acabar com terrorismo: “O terrorismo não ameaça viabilidade do nosso modo de vida baseado nos avanços tecnológicos, mas a energia, é um fator crucial”. Um exemplo de como existem energias alternativas que “adiantam” e são “ecológicas”, é que se se nos trocássemos uma lâmpada incandescente por uma fluorescente, nos estaríamos economizando 225 quilos de carvão, alem de deixar de causar poluição.
Os grandes problemas que parte da sociedade luta para ter a energia alternativa são os políticos e as empresas transnacionais (como a Shell, Texaco, Esso, etc.). Como a nossa sociedade é capitalista, grande parte dela não se preocupa nada em relação às conseqüências, querendo cada vez mais construir usinas poluidoras, só pensando no lucro. Poderíamos usar outras fontes menos poluentes, mas por causa do capitalismo, temos um monopólio do uso de energias mais poluidoras. E o que Martin Hoffer levanta é que se a sociedade capitalista não ajudar, podemos ser condenados a depender só dos combustíveis fósseis, cada vez mais poluentes, à medida que diminuem as reservas petroleiras e de gás, com conseqüência catastrófica no planeta: “se não tivemos uma política energética pró-ativa, acabaremos simplesmente usando o carvão, depois o xisto, e em seguida a areia de alcatrão, sempre com um retorno cada vez menor, até que nossa civilização entre em colapso. Mas tal declínio não é inevitável. Ainda temos a possibilidade de escolher.”
Sabendo que futuramente aumentará o número de pessoas, aumentando junto o uso de combustíveis fósseis, algum dia, as grandes reservas petroleiras acabarão, então, pesquisadores trabalham para identificar o próximo grande combustível que abastecerá esse gigantesco planeta. Para alguns especialistas, “não há nenhuma solução milagrosa”, para outros, aqueles mais insistentes, pensam que existem energias infinitas no espaço, mas que para fazer na prática é impossível.
A vontade de carros movidos a hidrogênio, pode dar uma impressão equivocada, porque hidrogênio não é fonte de energia. Para ele se tornar útil, tem que ser isolado e isso requer mais energia do que proporciona. Atualmente o único jeito de produzir energia com hidrogênio, é com combustíveis fosseis, que é um jeito poluidor de fazer, mas estão pensando em um jeito limpo de sua produção: O hidrogênio seria produzido de formas de energias que não liberam poluição (dióxido de carbono) o que precisaria de um uso grande de energia eólica, nuclear e solar. Nos Estados Unidos, uma coisa muito estudada pelo governo, é que poderíamos produzir energia com hidrogênio, usando as grandes reservas de carvão do paÍs, mas armazenando no subsolo o dióxido de carbono.
Isso que nós acabamos de ver sobre o hidrogênio é um belo exemplo de que nós, seres humanos, somos muitos capazes de poder conciliar um desenvolvimento limpo, descobrindo coisas novas, e ao mesmo tempo, preservando o planeta.

Fonte: Curso de Educação Ambiental EComVida (UAB)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO SONO

Passamos cerca de um terço de nossa vida dormindo. Dormir bem é essencial não apenas para ficar acordado no dia seguinte, mas, para manter-se saudável, melhorar a qualidade de vida e até aumentar a longevidade. O sono é um processo vital para nosso restabelecimento tanto físico, quanto mental. Durante o sono também ocorre à fixação da memória, onde a gente consegue metabolizar, e computar digamos assim, todas aquelas informações que a gente obteve naquele dia, durante a noite, pois a ciência enfatiza que o sono é essencial à consolidação da memória e ao desempenho intelectual.
Durante sono é o momento que o organismo mais produz os hormônios do crescimento. Estes hormônios possibilitam o rejuvenescimento e a renovação celular. As células nascem e morrem. Com o sono insatisfatório, as células são mal repostas. Sendo assim, as pessoas que não dormem bem envelhecem mais depressa. Uma pessoa que não dorme bem pode desenvolver alguns distúrbios do sono e os sintomas são: sonolência, déficit de atenção e de memória, que são processos que não ocorreram durante uma boa noite de sono.
Há dois tipos de sono: o sono REM (rapid eye movements = movimentos rápidos do olho) e o sono não-REM.
O sono REM é aquele no qual acontecem os sonhos e corresponde a 25% do tempo em que dormimos. O coração e a respiração ficam mais rápidos e o cérebro trabalha bastante durante esse sono. No entanto, os músculos permanecem relaxados. O sono REM tem relação direta com a memória. Por isso, é mais fácil memorizar dados antes de dormir do que depois de acordar. A fase REM é o momento em que você dorme profundamente e sonha, ou seja, é a fase mais importante, pois é quando fixamos na memória permanente tudo que foi aprendido durante o dia. O sono REM acontece nas horas finais do sono e quando é interrompido, as informações assimiladas se perdem.
O sono não-REM ocupa 75% da nossa noite e se divide em quatro estágios de profundidade é nessa fase que o organismo libera o hormônio do crescimento. O estágio 1 é o mais leve, e o 4, o mais pesado. O estágio 2 ocupa a metade do tempo em que dormimos. Geralmente, uma noite de sono de um ser humano se inicia no sono não-REM, passa do estágio 1 até o 4 e depois retorna ao estágio 2, para então entrar no sono REM. Essa seqüência tende a se repetir de cinco a seis vezes durante a noite.
Uma noite mal dormida pode causar mau humor, irritação, pouca concentração, baixo rendimento escolar. Embora exista uma grande variabilidade na duração do sono entre cada um de nós, a National Sleep Foundation ressalta as diferenças de duração do sono durante as diferentes fases da vida e recomenda as seguintes durações do sono, segundo as diferentes faixas etárias (incluindo os cochilos): Os Bebês de 0 a 2 meses é necessário de 11 a 18 horas de sono, os de dois meses a 1 ano de 14 a15 horas; Crianças de 12 e 18 meses dormem cerca de 13 a 15 horas; de 1 ano e meio a 3 anos deve dormir de 12 a 14 horas; de 3 a 5 anos entre 11 e 13 horas e as crianças de 5 a 12 anos será de 9 a 11 horas; Os adolescentes de 12 a 18 anos incompletos tem necessidade de 8.5 a 9.5 horas de sono; Os adultos precisaria de 7 a 9 horas e finalmente, os idosos entre 5 a 7 horas de sono.
Contudo devemos respeitar os hoprários de sono necessários a cada etapa da nossa vida, para que tenhamos uma vida tranqüila e cheia de disposição.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Projeto: Desigualdades Sociais no Brasil

Colégio Mãe da Divina Providência
 
        
      
XI MOSTRA LITERÁRIO-ARTÍSTICO - CULTURAL






DESIGUALDADES SOCIAIS NO BRASIL
5º A  e B

Introdução

A divisão de indivíduos a partir das classes sociais demonstra a desigualdade existente em um mesmo território, seja ela econômica, profissional e até mesmo de oportunidades. Como fato normal (como é encarado na atualidade), pode-se perceber claramente em organizações a diferença entre pessoas de classes sociais altas e baixas. São pessoas muito bem vestidas, atualizadas e portadoras de grande conhecimento em oposição a pessoas mal instruídas que somente conseguem acatar ordens, sem ao menos poder opinar sobre o resultado do trabalho a ser executado, por falta de conhecimento.
A chegada do capitalismo fez com que as diferenças entre pessoas ficassem em evidência, pois as pessoas que tinham condições para estabelecer ordens e possuir funcionários compunham a classe alta enquanto aqueles que recebiam e executavam as ordens preenchiam a classe média e baixa de acordo com seu grau de instrução e sua remuneração.
Dessa forma, pessoas que não conseguem estudar e melhorar suas condições de vida infelizmente torna-se cada vez mais atrasadas, resultando na dificuldade em conseguir emprego e renda, em contrapartida, as pessoas com grau de instrução melhor tende a cada dia mais se atualizar e renovar seus conhecimentos, fazendo com que suas oportunidades sejam mais amplas. É o que diz o velho ditado popular: “O rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre.”
Justificativa:
Promover a cidadania é de fato o caminho para resolver, pelo menos dentro dos limites aceitáveis, os problemas da desigualdade social brasileira. Não que estas questões possam ser consideradas aceitáveis, mas porque são muitos séculos e situações que provocaram essa realidade. Para entender a origem de tais disparidades no Brasil é necessário introduzir uma perspectiva mais ampla, abrangendo o passado histórico, sem desconsiderar as dimensões continentais do país. A família, as solidariedades e as políticas sociais debatem-se com este desafio, procurando encontrar as melhores soluções e as respostas mais adequadas à diversidade dos problemas inerentes.
Encontra-se no mundo um contraste alarmante, enquanto milhões de pessoas passam fome, uma minoria usufrui do progresso e da tecnologia que a sociedade oferece.
O Brasil, desde seu descobrimento, traz consigo esta deplorável marca da desigualdade social. A herança das diferenças sociais, da escravidão, do preconceito, do racismo, data do descobrimento e foi deixada pelos então proprietários de terras e governantes que trouxeram para a nova terra os marginalizados portugueses, os africanos que escravizaram e humilharam, os italianos e outros imigrantes que não eram vistos com bons olhos pelos senhores feudais. Daí a origem da desigualdade social brasileira que permanece e se expandiu de tal forma que chega a ser quase irremediável nos dias atuais.
As populações mais pobres não têm ascensão no mercado de trabalho. Com o processo de urbanização, a modernização do setor agrícola e a industrialização no espaço urbano grande parte da população rural migrou para as cidades à procura de empregos e melhores salários.
O Brasil não é um país pobre, mas possui uma população pobre, devido à má distribuição de renda e riqueza, sendo que se pode considerar a desigualdade social como um dos principais determinantes da pobreza no Brasil.
Os negros ainda têm muita dificuldade de se promoverem, os índios foram quase dizimados e excluídos da sociedade, a mulher demorou em conquistar um lugar de mais destaque no sistema machista e patriarcal, sistema este que só agora está se modificando. Também os nordestinos podem ser incluídos nesta categoria de excluídos. Eles que ajudaram a construir São Paulo não encontram um espaço para construir suas casas, restando-lhe as favelas ou o retorno para a miserável vida no Nordeste.
Por tudo isso é que queremos conscientizar os alunos para que possam conhecer as duas faces da sociedade brasileira e reconhecer os motivos que levam a esta situação tão grande de desigualdade social, através de pesquisas, debates debate e troca de idéias, para  que os alunos se apropriem dessa informação e que no futura possam fazer algo de real para que diminua essa desigualdade tão evidente em nosso país.
Metodologia:

 Os alunos farão pesquisas sobre as desigualdades sociais no Brasil, com ênfase nos motivos que levarão a essas diferenças tão grandes.
Confeccionarão cartazes com frases de conscientização e imagens sobre a FOME, MISÉRIA, RACISMO, PRECONCEITOS: RACIAL, DA MULHER, INDÍGENA, SOCIAL, PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS.
Produção textual com o título “Como diminuir as desigualdades sociais?”
Construção de maquetes que represente a sociedade rica e poderosa e sociedade que representadas pelos pobres e favelados.
Confecção de bonecos e sinaleiro, para representar os meninos de rua e os que trabalham nos semáforos.
Mural com as fotos do Projeto Social realizado na APAE.

Recursos:
  • 18 cartolinas;
  • Folhas A4;
  • TNT;
  • Espumas pra encher bonecos;
  • Tintas guaches e pincéis;
  • Folhas de papel pardo;
  • Fotos;
  • Fita crepe;
  • Canetão ou canetinhas;
  • Tesouras e
  • Papelões

Cronograma:
 Será realizado durante o 2º bimestre e 3º bimestre.

Avaliação:
           
Os alunos serão avaliados em todo o envolvimento com o tema e a realização das atividades propostas.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A importância do uso do brinquedo e das brincadeiras na Educação Infantil

                                            PROJETO DE PESQUISA
1 INTRODUÇÃO

O presente projeto tem como objeto de estudo o acompanhamento da Educação Infantil no que diz respeito ao uso do brinquedo e das atividades lúdica na Escola de Educação Infantil  na cidade de Primavera do Leste - MT. O seu objetivo principal é compreender como os professores fazem uso desse recurso tão importante para o desenvolvimento infantil.
A escolha do tema se deu, através da observação em estágio do uso sem objetivo e sem conhecimento da hora da brincadeira e do uso do brinquedo na Educação Infantil. Será que os professores não tem conhecimento teórico sobre a inserção correta do brinquedo das brincadeiras no desenvolvimento infantil? Conhecem a teoria mais não aliam a prática? Ou simplesmente é um descaso com o desenvolvimento das crianças que estão sob sua guarda? Durante essa pesquisa queremos encontrar as respostas para estas questões, pois sabemos que é por meio da ludicidade que a criança cria um mundo imaginário repleto de significados, podendo expressar suas angústias e desejos, compreendendo um pouco mais sobre o meio em que está inserida.
A criança que brinca desenvolve sua oralidade, sua capacidade de associar, sua percepção espacial, a afetividade, a socialização, sua visão e compreensão de mundo. Com o ato do brincar a criança apropria se das funções sociais e forma processos de imaginação, isto significa que o professor deve despertar as idéias nas crianças, e não impor as suas, ou seja, estimulá-las a pensar e a buscar soluções para seus problemas, por meio de comparações e contraposições para que as mesmas possam chegar às suas próprias conclusões.
            Wajskop (1995), com base em suas pesquisas com professores de pré-escola, verificou que “a brincadeira é vista como diversão sem relação com a educação”. Existe a hora da brincadeira e a hora da atividade, a hora da diversão e a hora do trabalho. Isso é fruto de uma construção da sociedade ocidental, desde a Modernidade, que separa brincadeira do trabalho.
Embora os professores discursem sobre a importância da brincadeira na educação infantil eles tem dificuldade de valorizá-la como meio de desenvolvimento e aprendizagem. Por isso, a brincadeira (leia-se a brincadeira livre ou faz-de-conta) é frequentemente interrompida para dar início a outras atividades supostamente educativas. (MOREIRA E ANDRADE, 2008: p.69-70).
Para tanto, o presente projeto norteia-se ainda nos seguintes objetivos específicos, identificar o processo de interação dos professores da escola com as crianças e a relação com os brinquedos e brincadeiras; observar como é utilizado o brinquedo e a função das brincadeiras; observar se o professor tem conhecimento teórico e prático sobre a importância das brincadeiras para desenvolvimento infantil.
  
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O ser humano, em todas as fases de sua vida, está sempre descobrindo e aprendendo coisas novas pelo contato com seus semelhantes e pelo domínio sobre o meio em que vive. Ele nasce para aprender, para descobrir e apropriar-se dos conhecimentos, desde os mais simples até os mais complexos, e é isso que lhe garante a sobrevivência e a integração na sociedade como ser participativo, crítico e criativo. “A esse ato de busca, de troca, de interação, de apropriação é que damos o nome de educação. Esta não existe por si só; é uma ação conjunta, pessoas que cooperam, comunicam-se e comunga do mesmo saber”. (MOREIRA, 2008: p. 32-36).
Segundo Becker (1994), na perspectiva piagetiana, conhecer implica transformar o objeto e, ao mesmo tempo, transformar a si mesmo. O ato de conhecer acarreta a ação do sujeito que conhece. Daí a expressão conhecimento como construção do sujeito.
            A relação desenvolvimento e aprendizagem na teoria piagetiana, Severino (1994) explica que “a aprendizagem está intimamente ligada ao desenvolvimento, porque ela é um processo de conhecimento elaborado operacionalmente, provocado por forças externas desequilibradoras”. “A aprendizagem ocorre na direção do restabelecimento do equilíbrio adaptativo que, por sua vez, se configura conforme os esquemas endógenos, característicos de cada estágio de desenvolvimento.” (ANDRADE, 2008: p.18).
             A lógica, a moral, a linguagem e a compreensão de regras sociais não são inatas na criança, nem são impostas de fora para dentro. São construídas por cada indivíduo ao longo do processo de desenvolvimento que é entendido como uma seqüência de estágios, os quais se diferenciam entre si, por meio de mudanças qualitativas que abrem espaço para a compreensão de objetos de conhecimento e também serve de ponto de partida para novas construções.
Segundo o teórico, o ato de brincar é essencial para a transformação dos processos psicológicos infantis e favorece o desenvolvimento: afetivo emocional e da personalidade, cognitivo, social e lingüístico. Essa transformação se pauta pelo fato de o ato de brincar favorecer a mudança na relação da criança com os objetos. (PIAGET, 1978: apud MOREIRA & ANDRADE, 2008: P.65-66).
Ao pensar a identidade profissional da Educação Infantil, levando em conta a ludicidade, ou seja, o brincar e as brincadeiras, conclui-se, ao menos temporariamente, que, este se caracteriza como um adulto identificado com a dimensão da infância, com a estética e a linguagem infantil. Um adulto sensível à interpretação do mundo pela ótica infantil e cuja formação pessoal e profissional lhe dê suporte para estabelecer uma relação de continência e reciprocidade, orientada pela idéia de um tutor ou par mais desenvolvido, responsável por organizar espaços e tempos que atuem no processo de diferenciação das crianças. Um educador cuja intencionalidade pedagógica oriente intervenções que leve em consideração a forma e os discursos infantis identificando os sentidos e significados subjacentes a eles.
            Deste modo, a relação adulto/criança defendida no contexto da Educação Infantil, baseia-se na idéia de horizontalidade e respeito às diferenças, sendo necessário o exercício de se considerar o ponto de vista do outro, bem como o descentramento da lógica gerontocrática. Nesta perspectiva, sublinha-se a importância do reconhecimento da alteridade entre adultos e crianças, sem com isso atestar o uso de um poder arbitrário por parte deste último. Assim, defende-se o estabelecimento de relações de reciprocidade, cooperação e de autorregulação em prol do desenvolvimento de graus de autonomia.  
            Para isso, “a criança precisa usufruir de uma gradual independência do agir, experimentar situações de escolha e tomada de decisões e participar, segundo suas possibilidades, do estabelecimento de regras e sanções.” (MOREIRA E ANDRADE, 2009: p.59).
            De acordo com Coelho e Pedrosa (1995), “muitos estudos baseados na perspectiva histórico-cultural têm apontado que é, por meio da brincadeira, que as crianças se tornam sujeitos com modos de organização e funcionamento psicológicos específicos.
            “O brinquedo, a brincadeira e o jogo são termos usualmente tomados como sinônimos. Entretanto, diversos pesquisadores advertem que essas palavras variam de acordo com o idioma empregado.” (BOMTEMPO et al., 1986: KISHIMOTO, 1994: WAJSKOP, 1995: apud MOREIRA & ANDRADE, 2008: p.64).
          É importante frisar também que, a brincadeira sempre apresenta regras. Embora a atividade lúdica de faz de conta não possua regras formais estabelecidas antecipadamente, a mesma apresenta regras de comportamento que são transmitidas por seus grupos culturais. A brincadeira atrelada à imaginação desencadeia o processo de simbolização e de representação criadora, que leva a criança ao pensamento abstrato. E como salienta Vygotsky; “a Zona de desenvolvimento proximal é criada, possibilitando assim, saltos consideráveis no desenvolvimento e na aprendizagem infantil.” (VYGOTSKY, 1988: BROUGÉRE, 1995: apud MOREIRA & ANDRADE, 2008: p.64).
 O ato de brincar no espaço educativo precisa está em constante estágio de reflexão pelo educador, no que tange ao que ele quer desenvolver com a brincadeira planejada, ou seja, qual a finalidade da proposta. Estudiosos como Brougère (2005) revelam sua estranheza ao constatar que muitos educadores dão pouca ou nenhuma importância para o brincar da criança e que, de modo geral, apresentam dificuldades em lidar com o lúdico. Tal dificuldade pode ser explicada através da recorrente negação do espaço da imaginação e da criatividade há muito presente nas relações sociais. Este fato, no entender de Cerisara (1998), colabora para a formação de uma fragmentação das diferentes dimensões do ser humano, separando o pensar do sentir e o imaginar do criar e do brincar.
Nessa mesma direção, tem-se que a organização do espaço e do tempo na escola celebra a cisão entre o brincar e o estudar, orientando as ações educativas de muitos professores que persistem em não confrontar a prática docente- o que fazem- com os discursos circulantes de caráter sociointeracionista, por vezes adotados como frases de efeito - o que dizem. (MOREIRA & ANDRADE, 2008: p. 73).
Baseada nas idéias de Piaget e Vygotsky “o brincar favorece o desenvolvimento: afetivo-emocional e da personalidade; cognitivo; social; lingüístico.”
A ação e o significado do brinquedo, a criança não vê no objeto apenas uma imagem, pois ela lhe atribui um significado. Na verdade a função do brinquedo se constitui no brincar e este não tem função definida, o que defini são as construções feitas pelas crianças através de manipulação do objeto associado ao meio em que vive. A criança brinca do modo que a convém, livre de regras e princípios. (KISHIMOTO, 1997, p.18).
            A criança quando brinca aprende a se preparar para o futuro e enfrentar direta ou simbolicamente dificuldades do presente. Assim, além de ajudar a descarregar o excesso de energia, é agradável, prazeroso e estimula o desenvolvimento intelectual da mesma. Uma vez diante do brinquedo, a criança não se encontra diante de uma reprodução fiel do mundo real, mas, sim, de uma imagem cultural. O brinquedo consiste em uma realidade selecionada, adaptada e modificada, em que certos universos, de objetos e de seres são privilegiados. Brougére (1995) acredita que:
Ao manipular um brinquedo, a criança apreende, entre outras coisas, as significações culturais originadas numa determinada sociedade. O brinquedo pode, então, ser considerado uma mídia que transmite à criança certos conteúdos simbólicos, imagens e representações produzidas pela sociedade, através das quais ela irá construir relações de posse, de utilização, de abandono, de perda, de desestruturação com o objeto. Tais relações irão construir orientações para a vida futura da criança. (apud, MOREIRA E ANDRADE, 2008: p.75).
A brincadeira simbólica, também conhecida como jogo sócio-dramático ou faz de conta, foi ressaltada pelos sóciointeracionista como a mais rica de todas as situações inventadas, as organizações e a formações de planos e regras emergem, tornando a brincadeira à zona privilegiada de desenvolvimento na idade pré-escolar.
 A brincadeira, na perspectiva sócio-histórica e antropológica, é um tipo de atividade, cuja base genética é comum à da arte, ou seja, trata-se de uma atividade social, humana, que supõe contextos sociais e culturais, a partir dos quais a criança recria a realidade através da utilização de sistemas simbólicos próprios. (WAYSKOP, G. 1995, p.28, apud MOREIRA & ANDRADE, 2008: p.77).
            De modo geral, Vygotsky (1989) acredita que, em qualquer brincadeira, a criança está sempre adiante de seu nível mental atual de desenvolvimento e, por isso, ela é fonte de desenvolvimento e criadora de zona de desenvolvimento proximal.
            Como elo do desenvolvimento presente com o desenvolvimento futuro próximo, Vygotsky (1989) recorre ao conceito de imitação, caracterizando-o como uma capacidade que torna possível o surgimento da zona proximal no processo de desenvolvimento. Assim, a troca social entre crianças de diferentes idades pode ser identificada como rica situação propiciadora da emergência dos comportamentos imitativos, e criadora da zona proximal de desenvolvimento. Esses contribuem para a diferenciação social e para a constituição subjetiva do sujeito.
            Diante de colocações significativas, de estudiosos renomados sobre a importância da inserção do brinquedo como objeto pedagógico na Educação Infantil, torna-se relevante citar algumas entrevistas desenvolvidas com mães e educadores para, assim, conhecer suas colocações a respeito do assunto em questão. 
Em uma conversa construtiva com a professora podemos perceber em suas respostas que é bem objetiva, para ela brincar educando e educar brincando torna-se uma relação única, pois através das brincadeiras as crianças constroem conhecimentos para vida toda, esses conhecimentos vão a cada nova brincadeira se evoluindo num processo que chega a ser quase invisível, é tão natural esse desenvolvimento por meio da brincadeira que podemos perceber claramente que a distância adulto/criança não existe, “em certos casos”, os adultos se envolvem com as brincadeiras das crianças numa única harmonia (R.N.).
            Na perspectiva walloniana, o desenvolvimento, ocorre à medida que emerge no ser humano a consciência de si e a consciência do mundo em uma relação recíproca entre emoção e cognição. O desenvolvimento dá-se em um processo de ação educativa que se baseia na transmissão do patrimônio cultural e no papel do educador. (ANDRADE, 2008: p.55).
Desde o nascimento o ser humano está voltado à aprendizagem, a qual está ligada ao desenvolvimento. A partir do momento que começamos a ensinar, automaticamente a criança é dotada de curiosidade e seus conhecimentos se expandem. Assim para que o processo do desenvolvimento evolua é precisa que a aprendizagem seja eficaz (Midiam).
            Como podemos perceber, os indicadores que surgem, ao longo do desenvolvimento humano, podem ser tomados como sintomas que anunciam a organização psíquica em andamento.
A educadora que atua a mais de 10 anos nos diz: “Uma educadora para a criança, na educação infantil, é muito importante, pois ela é um exemplo para a mesma, ou seja, um espelho é assim que ela se sente por ser observada por todas as crianças”. (A.M.N.)
            Ao imitar, a criança constrói representações. Dentro desta perspectiva, pode-se afirmar que a representação se origina da imitação e, por sua vez, torna-se paulatinamente independente da função motora à medida que se dá a construção das imagens e dos símbolos. Ao imitar, as crianças agem em troca direta com o modelo, tanto no plano cognitivo quanto no afetivo. Observa-se também que a imitação é compreendida como mecanismo básico da transição do ato propriamente dito, para sua simbolização e se constitui na relação entre percepção e movimento, de forma criativa e cada vez mais complexa, na imitação, o foco é a função do gesto que se aperfeiçoa, possibilitando processos de comunicação, sobretudo no final do segundo ano e ao longo do terceiro ano de vida. Essa explicação fundamenta o forte valor pedagógico que possuem as brincadeiras de imitação de bichos, recontar histórias e cantar músicas reinventando gestos, por exemplo. (MOREIRA E ANDRADE, 2008: p.80-81).
Wallon define imitação como um exemplo dos aspectos dialéticos do desenvolvimento, já que, através das ações de misturar-se, dissolver-se e diferenciar-se do outro, a criança transforma o mundo social re-apresentando-o a seu modo. No surgimento dessas transformações, ela vai-se tornar, num futuro próximo, capaz de reconhecer o significado de suas ações, em oposição a outras possíveis. (VASCONCELOS, 1996: b: p.3, apud MOREIRA & ANDRADE, 2008: p.91).
            Já Vygotsky (1988), destaca a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil, pautando-se no fato de a mesma favorecer a mudança na relação da criança com os objetos, uma vez que, ao brincar com os objetos, deixam de determinar de modo diretivo a brincadeira. Conforme salienta em seu livro “A formação social da mente” (1988 p.127): A criança vê o objeto, mas age de maneira diferente em relação ao que vê. Ao brincar, a criança atribui outros sentidos aos objetos através de sua imaginação ou ação nas interações com seus companheiros.
A professora citou que: “por meio do brincar é que as crianças interagem com o mundo e ainda aliviam suas angústias, gastam sua energia, vivem e por meio dos adultos adquirem segurança. A brincadeira tem o poder de trazer a fantasia para o mundo da realidade”. (S.B.)
            A concepção piagetiana considera o brincar com uma atividade natural e espontânea da criança, que surge a partir das condições internas (biológicas) para interagir com o meio (aprender). De acordo com o teórico, o jogo tem valor significativo no desenvolvimento infantil por ser uma das raras atividades que a criança realiza com espontaneidade, permitindo uma compreensão de sua representação do mundo e de si própria.
            De acordo com Bomtempo (1997), o professor deve intervir de modo a clarificar o brincar para a criança, e não direcionar a atividade. Ele pode utilizá-la como ferramenta de aprendizagem, estimulando dificuldades encontradas em alguns aspectos do desenvolvimento. (MOREIRA E ANDRADE, 2008: P.70).
            Igualmente, Wajskop (1995) entende que a brincadeira pode ser uma forma privilegiada de aprendizagem, pois, através do brincar, a criança se apropria das funções sociais e forma processos de imaginação. Isso significa que o professor deve despertar as idéia nas crianças, e não impor as suas, significa estimulá-las a pensar e a buscar soluções para seus problemas através de comparações e contraposições para que as crianças possam chegar às suas próprias conclusões. Cabe ao professor mediar essa atividade, flexibilizando o tempo de brincadeira, colocando à disposição das crianças diferente material (brinquedos, fantasias, mobiliário) e, principalmente, que a brincadeira faça parte da metodologia de trabalho com a criança. (MOREIRA E ANDRADE, 2008: p.71).
            Sempre que possível, o adulto deve manter-se na posição de observador atento e participante, identificando as modalidades interativas vivenciadas pelas crianças. Suas intervenções devem ser dirigidas no sentido de resgatar as trocas sociais conflituosas, evitando comportamentos de agressividade física entre as crianças, reorientando-as para a resolução do conflito através do diálogo e do exercício reciprocidade. Além disso, a professora deve proteger as crianças em situações de risco de sua integridade física ou moral, sugerir, encorajar e enriquecer os episódios interativos quando necessário. Outra possibilidade de intervenção do adulto se refere à estruturação dos cenários onde as interações irão ocorrer. O adulto, nesse caso, deve, ao considerar seus objetivos, decidir pelo uso de brinquedos grandes, pequenos, aqueles que sugerem brincadeiras simbólicas como fantasias, ou uma casinha ou ainda exploração cognitiva através dos blocos lógicos e assim por diante. (MOREIRA E ANDRADE, 2008: p. 92).
            O brincar como instrumento de ensino e aprendizagem, visando um desenvolvimento global, que abrange aspectos, físicos, cognitivos e afetivos apresenta resultados significativos na Educação Infantil. No brincar está presente o uso da abstração e da construção, que leva a criança a conceber um mundo repleto de simbolismo e significado. O brincar e o brinquedo correspondem na verdade uma das necessidades da vida social. A criança brinca do modo que a convém, livre de regras e princípios, assim ela revive situações, exprime sentimentos, usa a imaginação e representa. O brincar proporciona motivação, prazer e felicidade, conseqüentemente a criança aprende e desenvolve suas habilidades. O brinquedo é um instrumento com funções múltiplas que oferece a ação de brincar e destaca-se por permitir construir o desenvolvimento da criança. Assim diante da complexidade e da importância do brinquedo no binômio cuidar e educar ressalta-se de modo relevante, sobre a importância da brincadeira na construção e reconstrução do conhecimento, no que tange a prática do professor no processo de ensino e aprendizagem.
            É notório que o trabalho com brincadeiras e jogos não se limita à definição, enquadre ou administração pedagógica dessas atividades em sala de aula. Significa, também, penetrar no universo lúdico da criança como interlocutor, não apenas para compreender o que ela faz ou diz, mas para se aproximar de seus valores, sua cultura e dos modos como ela traduz os signos culturais de seu tempo e os transformam em fantasias, medos, desafios, heróis e brinquedos.
É possível na educação infantil o professor se soltar e trabalhar os jogos como forma de difundir o processo ensino aprendizagem. Para isso, é necessária a vivência, a percepção e o sentido, ou seja, o educador precisa selecionar situações importantes dentro da vivência em sala de aula; perceber o que sentiu como sentiu e de que forma isso influencia o processo de aprendizagem; além de compreender que no vivenciar, no brincar, a criança é mais espontânea. Sem dúvida, os conteúdos podem ser trabalhados com o uso do jogo. A criança pode trabalhar ou fixar um conteúdo com a atividade lúdica.
            Deve-se ressaltar que o primeiro passo para se trazer o lúdico, a brincadeira para dentro da escola, é o resgate da infância dos próprios educadores, a memória. Do que brincavam, como brincavam e se lembrarem de uma figura especial. É um momento de humanizar as relações, de resgatar o sentimento e lembrar como eles eram e o que sentiam quando viviam os momentos que as crianças, seus alunos, estão vivendo agora. Todo mundo foi criança e teve essa vivência.
Atualmente, o problema da utilização de atividades lúdicas na escola, está no fato da mesma ser usado apenas como instrumento pedagógico e não como uma linguagem através da qual o professor pode ter informações da criança. No Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil está incluída na lei a importância de brincar e levar a arte para dentro da educação infantil. Há o movimento pela formação dos professores, que precisam ser capacitados e se soltar dentro do lúdico.
A educação lúdica, além de ajudar e influenciar na formação do educando possibilita um crescimento feliz e sadio, onde este levará por toda a vida este enriquecimento pessoal e intelectual. Ela somente vem contribuir com o educador, pois através dela se pode educar com criatividade e responsabilidade, descobrindo maneiras interessantes para serem trabalhadas conforme a realidade do educando.
Vimos que a educação é um processo de vida e não de preparação para a vida futura. E a escola deve representar a vida presente, vida tão real e vital para a criança como a que leva em casa, e em suas brincadeiras. E que as atividades lúdicas são uma prática privilegiada para a aplicação de uma educação que visa o desenvolvimento pessoal e a atuação cooperativa na sociedade, tornando-os mais participativos e envolvidos com o mundo.

3 METODOLOGIA

O referido estudo terá como modalidade de Pesquisa Bibliográfica acrescida de Pesquisa de Campo, cuja abordagem centra-se no método de procedimento da pesquisa e da observação. Para realização do referido desígnio pretende-se observar e analisar as práticas educacionais dos professores voltadas para a ludicidade entre crianças de 1 a 5 anos.
Esta pesquisa fará uso da entrevista semi-estruturada, observação não participante, além do preenchimento de relatórios de observação.
A presente pesquisa será realizada na cidade de Primavera do Leste - MT, em uma escola infantil da rede Municipal de Ensino que está localizada no bairro Tuiuiú. É considerada de pequeno porte, atendendo os alunos da referida instituição.
Participarão dessa pesquisa 07 professores regentes de sala, da Educação Infantil. Estes professores atuam com crianças de 01 a 05 anos de idade. Dos sete professores apenas um é do sexo masculino, sendo que quatro são formados em Pedagogia e três em Normal Superior.
Durante esta pesquisa será utilizado o Método qualitativo, tendo como método de procedimento a pesquisa de campo e bibliográfica. Na etapa relativa à coleta e tratamento de dados, pretende-se utilizar questionário fechado, entrevista semi estruturada, além da observação não participante. Quanto ao tratamento dado às informações colhidas no campo, pretende-se fazer uso de interpretação global das respostas estabelecendo um confronto entre teoria e prática. Nas diversas fases da Pesquisa, deseja-se acionar as categorias da Pesquisa documental e bibliográfica.
A coleta de dados será realizada através de questionário em que os professores responderão por escrito. O referido questionário será composto de perguntas abertas com o objetivo de verificar o que cada professor pensa sobre as atividades lúdicas para o desenvolvimento infantil.
  
REFERÊNCIAS

MOREIRA, Ana Rosa Costa Picanço. Psicologia I: Cultura e Educação Infantil. Cuiabá: EdUFMT/UAB,2008.

ANDRADE, Daniela Barros da Silva Freire. Psicologia II: Desenvolvimento e Aprendizagem na Infância ou de como nos Tornamos Ser Diferenciado. Cuiabá: EdUFMT/UAB, 2008.

MOREIRA, Ana Rosa Costa Picanço; ANDRADE, Daniela Barros da Silva Freire. Psicologia III: Questões do Cotidiano Educacional. Cuiabá: EdUFMT/UAB, 2008.

MOREIRA, Ana Rosa Costa Picanço; ANDRADE, Daniela Barros da Silva Freire. Psicologia IV: Identidade Profissional: Pensando a Diferenciação do (A) Professor (A) na Educação Infantil. Cuiabá: EdUFMT/UAB,2009.

Kishimoto, Tizuco Morchida. A pré-escola na república. Jogo, brinquedo, brincadeira e a Educação. São Paulo: Cortez, 2002.

BOMTEMPO, E. Brinquedo, linguagem e desenvolvimento. Pré-textos de alfabetização escolar: algumas fronteiras do conhecimento. São Paulo, 1988, vol. 2 (2), 23-40.

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Tradução de A. Cabral e C.M. Oiticica. Rio de Janeiro, Zahar, 1971.

HOUAISS, A.: VILLAR, M. de S.; FRANCO, F. M. de M. Mini-dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003.

PIAGET, J.; A construção do real na criança. SP: Ática, 1ª edição 1967, 2002.

PIAGET, J.; INHLEDER, B. A psicologia da criança. SP: Bertrand Brasil, 1989.